• EN
  • Ajuda Contextual
  • Imprimir
  • Facebook
  • Instagram
  • Youtube
  • LinkedIn
Você está em: Início > Cursos > Unidades Curriculares > MGS2105

Sociologia do Envelhecimento


Código: MGS2105    Sigla: SE
Áreas Científicas: SOCIOLOGIA

Ocorrência: 2020/21 - 1S

Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos Horas Contacto Horas Totais
MGS 16 Despacho nº 22637-A/2007, de 27 de Setembro 7,5 ECTS 0 0

Horas Efetivamente Lecionadas

1TMGS

Teóricas: 34,00

Docência - Horas

Teóricas: 2,00

Tipo Docente Turmas Horas
Teóricas Totais 1 2,00
Sara Cristina Dias Melo   2,00

Objectivos, Competências e Resultados de aprendizagem

Fornecer conhecimentos que permitam aprofundar a interpretação do envelhecimento como fenómeno social e cultural complexo e diversificado. Contribuir para a construção de uma síntese teórica que potencie a construção de hipóteses teóricas a respeito das diversas expressões do envelhecimento enquanto problema social e de hipóteses operacionais susceptíveis de orientar a intervenção social neste campo. 

Programa

1. Demografia do envelhecimento: duplo envelhecimento na estrutura etária; esperança média de vida e desigualdades sociais. 

2. O envelhecimento como objecto sociológico: transformações das estruturas económicas, familiares e políticas na génese da classificação da velhice como categoria social; envelhecimento e competição entre gerações; diversidade de condições de existência, disposições e expectativas face à velhice em função da pertença social; 

3. Teorias do fim da vida: a morte como terreno que evidencia a fragilização dos laços sociais, as dificuldades de expressão e elaboração do sofrimento nas sociedades "civilizadas"; interacções entre família, profissionais e indivíduos em fim de vida 

Demonstração da Coerência dos Conteúdos Programáticos com os Objetivos da UC

Os conteúdos permitem adquirir conhecimentos pertinentes para questionar as concepções correntes sobre o envelhecimento e, sobretudo, analisar criticamente o senso comum das instituições e ¿especialistas¿ considerados como intérpretes legítimos das necessidades dos idosos. Permitem entender que a inactividade e a desimplicação social na velhice não decorrem de um determinismo natural mas são resultados da produção colectiva de concepções sobre a vida humana e a sua finitude, tal como são produto de constrangimentos sociais objectivos, como por exemplo a imposição da reforma numa dada idade, a mobilidade espacial dos membros das famílias em função da localização das actividades económicas e da oferta de emprego. Os conteúdos permitem compreender que a exclusão social dos mais velhos é um fenómeno inscrito na própria estrutura das sociedades modernas tecnologicamente avançadas, desenvolvidas em termos de criação de necessidades materiais mas empobrecidas no plano dos laços colectivos.

Bibliografia Principal

Bengtson, V. & Schaie, K. (Eds.) (1999). Handbook of theories of aging. London: Springer P ublishing Company Binstock, R.;
Craveiro, D., Delerue Matos, A., Silva, S.G., Martinez-P ecino, R., Schouten, M.J. (2013). Intergenerational support: the role of gender and social networks. In A. Borsh-Supan, M. Brandt, H. Litwin & G. Weber (Eds), Active Ageing and Solidarity between generat
De Gruyter. Delerue Matos, A. & Faccin, K. (2016). ¿ O mais importante é ter saúde¿: representações sociais sobre o envelhecimento positivo. In L. Faria, L. Calábria, W. Alves (Org.) Envelhecimento: Um olhar Interdisciplinar (pp. 44-61). São Paulo: Editora HUC
Delerue Matos, A. & Neves, R. (2013). New inter-generational relationships: Elderly people in host families: An experience from Portugal. Les nouvelles relations intergénérationnelles des personnes âgées en famille d¿accueil: Une expérience portugaise. Retrait
Fernandes, A. (2008). Questões Demográficas. Demografia e Sociologia da População. Lisboa: Edições Colibri.
Fernandes, A. A. (1997). Velhice e Sociedade. Demografia, família e políticas sociais em P ortugal. Oeiras: Celta. Fernández-Ballesteros, R. (Dir.) (2000). Gerontologia Social. Madrid: Ed. P irâmide Gouveia, O., Delerue Matos, A. & Schouten, M.J. (2016).
George, K. (1996). Handbook of Aging and the Social Sciences. New York: Academic P ress Caselli, G., Vallin, J. Wunsh, G.(2005).

Métodos de Ensino

O processo de ensino/aprendizagem comporta a exposição teórica pelo docente e exposição de leituras de textos pelos alunos, debate dos temas apresentados, numa perspectiva de desconstrução dos conceitos e teorias abordadas. Toma a leitura, fora da aula, como componente fundamental da aprendizagem, uma vez que esta assegura uma participação mais consistente dos alunos, das suas dúvidas e dificuldades, assim como permite fazer da aula um momento de estudo produtivo.


Modo de Avaliação

Avaliação distribuída com exame final

Componentes de Avaliação e Ocupação registadas

Descrição Tipo Tempo (horas) Data de Conclusão
Participação presencial (estimativa)  Aulas  34
  Total: 34

Avaliação Contínua

A modalidade de avaliação distribuída terá uma dupla componente: apresentação oral em grupo de um artigo científico com a cotação de 50% da nota final e trabalho escrito individual com a cotação de 50% da nota final.

Provas e Trabalhos Especiais

De acordo com o RAC do ISSSP.

Demonstração da Coerência das Metodologias de Ensino com os Objetivos de Aprendizagem da Unidade Curricular

As metodologias de ensino centradas no aluno visam a ruptura com as representações que reduzem a velhice a uma etapa do desenvolvimento biológico do ser humano e agregam os idosos na categoria de inúteis, improdutivos, de indivíduos que por terem perdidos capacidades representam uma sobrecarga para as gerações mais jovens. Desafiam o aluno a interrogar-se sobre as próprias construções acerca da velhice e da morte e a tomar consciência de que as classificações accionadas pelas instituições, tidas como legítimas definidoras das necessidades dos idosos contribuem para a relegação social dos idosos. Desafia-os a compreender que instituições e ¿especialistas¿ produzem um senso comum que impede de entender que sem intervir nas sociabilidades e nas relações sociais entre as gerações é impossível contrariar a fragilidade dos laços intergeracionais e preservar a dignidade da pessoa até ao fim da vida.