| Código: | SS1910236 | Sigla: | SMS1 | |
| Áreas Científicas: | SOCIOLOGIA | |||
| Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos | Horas Contacto | Horas Totais |
|---|---|---|---|---|---|---|
| LSS1 | 44 | Despacho 11629/2007, de 12 de Junho | 3º | 4 ECTS |
| Teóricas: | 28,00 |
| Orientação Tutorial: | 14,00 |
Docência - Horas
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1. Domínio dos instrumentos fornecidos pela Sociologia para analisar criticamente os problemas sociais que mobilizam a intervenção do Assistente Social
- Compreender os problemas teórico-metodológicos ligados aos diversos modos de definir/medir a pobreza
- Compreender a pobreza/exclusão social como o encadeamento de vários mecanismos geradores de manifestações extremadas de desigualdade social em vários campos da vida social
- Conhecer as diferentes perspectivas teóricas sociológicas para explicar a (re)produção de situações de pobreza nas sociedades actuais
2. Domínio dos conhecimentos teóricos necessários para interpretar situações concretas observáveis no decorrer do estágio de Serviço Social e para analisar modelos e estratégias de intervenção
- Compreender as potencialidades de uma síntese teórica capaz de identificar e articular mecanismos sócio-organizacionais e os mecanismos culturais/simbólicos geradores de condições extremas de privação de recursos sociais
- Investir esta síntese teórica na análise de fenómenos sociais relacionados com a prática do Assistente Social, nomeadamente o desemprego e o desenvolvimento de «carreiras de assistidos»
1. Análise sociológica da pobreza/exclusão social
1.1 Em torno de uma definição sociológica da pobreza/exclusão social:
1.1.1 Das definições clássicas à tentativa de levar em consideração a diversidade de recursos socialmente eficientes que condicionam a participação bem sucedida no «jogo» social;
1.1.2 O papel determinante da privação de posto de trabalho qualificante e de emprego estável, quer no caso da «velha pobreza», quer no caso da «nova pobreza»;
1.1.3 Acumulação de desigualdades interdependentes
1.2 Construir uma síntese teórica que permita ultrapassar a dicotomia entre abordagens estruturais da pobreza (relevo dos processos sócio-organizacionais de produção da pobreza) e abordagens culturalistas e interaccionistas
1.2.1 Factores económicos e políticos da pobreza em Portugal;
1.2.2 Factores de ordem territorial da (re)produção da pobreza;
1.2.3 As respostas culturais e identitárias à privação: pluralidade de modos de vida da pobreza e estratégias identitárias mobilizáveis para enfrentar a experiência da desqualificação social
Os fenómenos da pobreza e da exclusão social são multidimensionais e resultam de processos complexos. Romper com visões individualistas, naturalistas e etnocêntricas sobre o problema da pobreza e compreender que esta resulta da acumulação de desigualdades interdependentes (relações entre privação económica, cultural, social e simbólica), é fundamental para que a prática do assistente social não incida em estratégias de intervenção meramente assistencialistas e reprodutoras dos problemas sociais.
Os processos de intervenção social no domínio da pobreza pressupõem a ultrapassagem de visões dicotómicas que opõem as abordagens estruturais da pobreza (relevo dos processos sócio-organizacionais de produção da pobreza) às abordagens culturalistas e interaccionistas.
| ALMEIDA, J.F. et alii;Exclusão Social. Factores e Tipos de Pobreza em Portugal, Celta Ed., 1992 |
| Campenhoudt, L. V.;Introdução à Análise dos fenómenos Sociais, Lisboa, Gradiva, 2003 |
| Brébant, B;La pauvreté, un destin?, Paris, L'Harmattan, 1984 |
| Capucha, L.;Desafios da pobreza, Oeiras, Celta ed., 2005 |
| Castelo, R.;As metamorfoses da questão social, Petropolis, Vozes ed., 2003 |
| Costa, A. B.;Um olhar sobre a pobreza. Vulnerabilidade e Exclusão Social no Portugal Contemporâneo, Lisboa, Gradiva, 2008 |
| Paugam, S.;L'exclusion. L'Etat des Savoirs, Paris, La Découverte, 1996 |
| Paugam, S.;A Desqualificação Social: ensaio sobre a nova pobreza, Porto, Porto Editora, 2003 |
| Paugam, S.;Le salarié de la precarité. Les nouvelles formes de l'integration professionelle, Paris, PUF, 2000 |
A disciplina tem um carácter teórico aplicado pelo que as aulas estão programadas em:
- aulas teóricas: sessões mais expositivas para explicitação dos principais conteúdos programáticos articulando-se a exposição teórica dos temas com a ilustração empírica e a participação dos alunos na sua discussão apelando à experiência de trabalho de estágio que vivenciam (ou vivenciaram nos anos anteriores);
- aulas de orientação tutorial: sessões que contemplam um conjunto diversificado de actividades científico-pedagógicas: apresentação, pelos alunos, em grupo ou individualmente, de textos ou outros documentos com discussão alargada; elaboração de exercícios práticos sobre as matérias leccionadas e sua discussão; análise e discussão de informação estatística sobre as problemáticas em causa.
- visionamento de filmes e documentários focalizados nos factores explicativos da (re)produção de situações de pobreza e exclusão social.
Os alunos podem optar pela avaliação distribuída (2 testes) ou pela realização do exame.
Avaliação apenas com exame final
| Descrição | Tipo | Tempo (horas) | Data de Conclusão |
|---|---|---|---|
| Participação presencial (estimativa) | Aulas | 42 | |
| Total: | 42 |
Os alunos poderão optar por uma das seguintes modalidades de avaliação:
1. AVALIAÇÃO DISTRIBUÍDA (Artigo 11º do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos) que consistirá na realização de 2 testes escritos, cada um com uma ponderação de 50%. O primeiro teste ocorrerá no dia 4 de Novembro e o segundo teste decorrerá no dia de realização do exame final.
2. EXAME FINAL (Artigo 12º do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos) que consistirá na realização de um exame escrito individual a decorrer na época de exame a decorrer em Janeiro de 2021.
De acordo com o RAC do ISSSP.
A compreensão da pobreza/exclusão social enquanto fenómeno multidimensional e a aplicação dos conhecimentos no exercício da prática no quadro do trabalho de terreno que é desenvolvido pelos alunos pressupõe o recurso a metodologias de ensino que impliquem não só a apresentação dos principais conteúdos programáticos mas, também, e de forma constante, a participação activa dos alunos na realização de exercícios concretos relacionados com a análise e discussão de dados estatísticos (demonstradores da existência de regularidades), de casos práticos e de exemplos específicos do trabalho de terreno desenvolvido. Para o desenvolvimento de estratégias de intervenção eficazes no domínio da pobreza a mera memorização de conteúdos revela-se profundamente inadequada, pelo que a aposta em diversos trabalhos de aplicação prática é indispensável à efectiva aprendizagem.
