Código: | GS1107 | Sigla: | E1 |
Área de Ensino: | Gerontologia Aplicada |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos | Horas Contacto | Horas Totais |
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LGS | 9 | Despacho 6311/08 de 05 de Março | 1º | 8 ECTS |
Trabalho de Campo: | 0,00 |
Seminário: | 6,00 |
Inquéritos: | 0,00 |
Docência - Horas
|
Português
Pretende-se que o aluno incorpore conhecimentos elementares para a compreensão do processo de envelhecimento, se integre numa instituição e equipa de trabalho e saiba desenvolver planos de desenvolvimento individual. Espera-se que no final da UC o aluno seja capaz de: (i) identificar a gerontologia como área científica multidisciplinar e compreender os desafios que o envelhecimento coloca às sociedades; (ii) compreender as implicações das representações sociais estereotipadas acerca das pessoas idosas; (iii) identificar serviços e respostas para responder aos desafios do envelhecimento; (iv) integrar equipas multidisciplinares, valorizando a articulação com os diversos agentes institucionais; (v) elaborar um plano de desenvolvimento individual com base numa avaliação gerontológica multidimensional que evidencie limitações e recursos dos mais velhos para enfrentar esta etapa; (vi) aplicar estratégias de comunicação adequadas à especificidade das interacções com idosos.
1. Modos de conhecer e fazer em gerontologia social 1.1 Emergência da gerontologia, conceitos básicos e multidisciplinaridade desta disciplina 1.2 Mitos e estereótipos relacionados com o envelhecimento e suas implicações 1.3 Envelhecimento humano e velhice(s): desafios e implicações 1.4 Sistemas formais e informais de apoio às pessoas idosas 1.5 A condução dos processos de integração e participação nos contextos de estágio 1.6 A comunicação e a relação interpessoal com os idosos e com as equipas multidisciplinares 1.7 A avaliação gerontológica multidimensional: construção de instrumentos de recolha de dados acerca da população em estudo (entrevista biográfica, instrumentos de avaliação funcional e cognitiva) 1.8 Reflexão acerca dos papéis profissionais do gerontólogo social no contexto de estágio, particularmente na interacção com pessoas idosas com trajectórias e problemas heterogéneos.
A integração dos alunos numa estrutura de apoio aos idosos obriga a considerar os desafios e implicações que o envelhecimento humano acarreta para a sociedade, assim como a mobilizar conhecimentos que a gerontologia social proporciona para a desconstrução de um conjunto de estereótipos que recaem sobre as pessoas mais velhas. Por outro lado, refletir sobre esses desafios obriga a perceber que os idosos não são um grupo homogéneo mas pessoas com trajetórias e problemas heterogéneos. Neste sentido, parte-se da construção de diagnósticos psicossociais, assentes numa avaliação gerontológica multidimensional que espelhe as particularidades das trajetórias sócio biográficas dos idosos e recursos que possuem para enfrentar esta etapa. Destaca-se ainda a reflexão em torno dos papéis profissionais do gerontólogo numa organização social, evidenciando os processos de comunicação como estratégia e ferramenta a acionar nas interações com os idosos e na integração em equipas multidisciplinares.
Binstock, R. e George, L.;Handbook and Aging and the Social Sciences, San Diego: Academic Press, 2006 |
Fontaine, R;Psicologia do Envelhecimento, Climepsi Editores, 2000 |
Fernandez-Ballesteros, R.;Gerontologia Social, Ediciones Pirâmide, 2004 |
Jacob Filho, W. & Gorzoni, M. L. ;Geriatria e gerontologia: o que todos devem saber, São Paulo: Roca, 2008 |
Lima et al;Idadismo na Europa. Uma abordagem psicossociológica com o foco no caso Português. Relatório I, EURAGE, 2010 (Disponível em: http://www.ienvelhecimento.ul.pt/images/Relatorios/relatorioidadismo_i_iscte.pdf) |
Pereira, F.;Teoria e Prática da Gerontologia. Um guia para cuidadores de idosos, Viseu: PsicoSoma, 2012 |
Zimerman, G.;Velhice: Aspectos Biopsicossociais , Porto Alegre: Artmed Editora, 2005 |
Birren, J. (Ed.);Encyclopedia of Gerontology. Age, Aging and the Aged, San Diego: Academic Press. Vols. I e II, 1996 |
Marques, S.;Discriminação da terceira idade, Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2011 |
O atendimento aos alunos decorre no Gabinete 8, às 3ª, 4ª e 5ª feiras, das 14h30 às 17h30. A docente poderá ajustar o seu horário às necessidades dos trabalhadores-estudantes, devendo o atendimento ocorrer sob marcação prévia por email.
Pretende-se que os alunos tenham oportunidade de observar e debater problemas inerentes à prática, traduzindo saberes teóricos em estratégias de ação, em permanente aperfeiçoamento. Assim, as aulas serão do tipo teórico-prático, assentes em estratégias pedagógicas que favoreçam a aprendizagem ativa e a problematização das experiências observadas nos estágios; exposição de conteúdos com recurso a elementos convencionais e multimédia; debates ou trabalhos de grupo sobre ações a planear e a desenvolver; role-playing em torno do treino de competências direcionadas para o enfrentamento de situações reais; discussão orientada de textos científicos e seminários direcionados para o conhecimento de projetos diversificados nesta área. A avaliação é contínua, integrando: trabalhos realizados ao longo do semestre; assiduidade e participação ativa nas aulas e no estágio; relatório final. A avaliação integrará também o parecer do orientador local, relativamente ao desempenho do aluno no estágio.
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Descrição | Tipo | Tempo (horas) | Data de Conclusão |
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Participação presencial (estimativa) | Aulas | 104 | |
Participação nas aulas 10% | Participação Presencial | ||
Relatório de estágio 40% | Relatório/Dissertação | ||
Desempenho de estágio 50% | Trabalho laboratorial ou de campo | ||
Total: | 104 |
De acordo com o n.º2 do artigo 9º, capítulo II do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos (RAC), a disciplina de Estágio é obrigatoriamente de avaliação contínua. Nas disciplinas de avaliação contínua, os alunos só poderão faltar a um máximo de 20% do total de aulas em cada disciplina (nº9 do artigo10º do RAC). O limite de faltas para o trabalho de terreno é de 5% do total de horas previstas e de 10% do total de horas previstas para os alunos abrangidos pelos estatutos de trabalhador estudante (lei 116/1997) e de apoio social a mães e pais estudantes (lei 90/2001). A avaliação é contínua, integrando: trabalhos realizados ao longo do semestre; assiduidade e participação ativa nas aulas e no estágio; relatório final. A avaliação integrará também o parecer do orientador local, relativamente ao desempenho do aluno no estágio.
A avaliação da disciplina de Estágio I será o resultado das seguintes ponderações: 50% da nota corresponderá à qualidade do trabalho de terreno; 40% da nota aos trabalhos escritos e/ou orais; 10% da nota corresponderá à assiduidade nas aulas.
Considerando os objetivos da disciplina traçados para os alunos, as metodologias de ensino procuram privilegiar condições pedagógicas favorecedoras da articulação entre conhecimento teórico e sua operacionalização. Neste sentido, a exposição de conteúdos teóricos introdutórios ainda que obrigue a uma fundamentação de conceitos novos para os alunos, o que impões uma abordagem formativa, não assume cariz meramente expositivo. Não se pretende uma memorização acrítica de conteúdos, mas a sua problematização, promovendo nos estudantes uma atitude participativa, interativa e crítica. Neste sentido, desenvolver-se-ão exercícios práticos, centrados em conteúdos abordados e na discussão ativa de textos científicos que contribuam para analisar as situações experienciadas nos contextos de estágio, organizando e controlando crítica e teoricamente as experiências de observação no terreno. Por esta via, estimula-se a capacidade de articular os contributos que a gerontologia social proporciona para compreender o impacto que as trajetórias de vida suscitam no modo como se envelhece, assim como para a desconstrução de estereótipos que recaem sobre os mais velhos. A natureza teórico-prática de unidade curricular permitirá, ainda, o acompanhamento individualizado da construção dos planos de desenvolvimento individual, realizados com base numa avaliação gerontológica multidimensional que pressupõe a consideração de dimensões relativas à trajetória biográfica do sujeito e o domínio de instrumentos de avaliação funcional e cognitiva dos idosos. Os exercícios de debate em grupo e role-playing permitem treinar competências que favoreçam a aplicação de estratégias de comunicação eficazes e adequadas à interação com idosos e à integração em equipas multidisciplinares, facilitando a articulação com os diversos agentes institucionais.