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Tese de Intervenção Social na Infância e Juventude em Risco de Exclusão Social

Institucionalização e Relações de Afeto: O olhar dos jovens e seus cuidadores

Aluno:Ana Isabel Costa Coelho
Nº de Aluno: 190123018
 
 
Início: 2020-07-28
Inscrição Definitiva: 2021-09-17
Entrega da Tese: 2022-05-02
Defesa: 2022-05-30
 
Título da Tese: Institucionalização e Relações de Afeto: O olhar dos jovens e seus cuidadores
Tema Definitivo: Institucionalização e Relações de Afeto: O olhar dos jovens e seus cuidadores
Tema Provisório: Relação de vinculação entre jovens e profissionais em contexto de institucionalização
Resumo: O projeto de investigação surgiu no âmbito do Estágio Profissional com a duração de 450 horas, desenvolvido num lar de infância e juventude, no período entre dezembro, de 2020, e abril de 2021. Partindo da inserção no contexto e da observação e intervenção que foram sendo desencadeadas, o principal objetivo deste estudo consistiu em compreender a natureza e desenvolvimento das relações de afeto estabelecidas entre jovens e cuidadores formais. Através de uma Metodologia Qualitativa, operacionalizada pela administração de entrevistas semiestruturadas, criamos oportunidades para escutar a voz de 5 jovens e 4 cuidadores, analisando a perceção/significados atribuídos à vivência institucional e à sua eventual repercussão na construção das relações de afeto. As respostas às entrevistas foram objeto de análise de conteúdo e os dados obtidos sugerem que, apesar da vivência afetiva no período que antecede a institucionalização ser marcada por experiências em lugares desprovidos de trocas afetivas, vislumbram-se contornos de novos vínculos estáveis, sendo possível uma reorganização do património afetivo destes jovens. Deste modo, as oportunidades relacionais a que são expostos na institucionalização podem conduzi-los num percurso de continuidade ou mudança ao nível do estilo de vinculação, desde que exista alguém capaz de acolher e apaziguar a sua desorganização interna. Ficou comprovado que a desorganização da vinculação não é uma caraterística fixa destes jovens, apresentando apenas uma moderada estabilidade ao longo do tempo a relação com os cuidadores poderá constituir uma mais-valia na sua contenção/reorganização emocional e na gestão dos conflitos internos. Não obstante, quando esta rede de suporte emocional falha, os jovens vão interiorizando imagens negativas, pautadas pela não responsividade e insegurança e apresentando um funcionamento menos adaptativo face ao meio que os rodeia. Em suma, os resultados obtidos neste estudo reforçam a importância da institucionalização, mais precisamente do ¿capital humano¿ e dos laços afetivos entre cuidadores e jovens institucionalizados, que se afiguram uma mais-valia na reorganização emocional, na gestão de conflitos internos e na condução de trajetórias resilientes.