Objectivos, Competências e Resultados de aprendizagem
Incentivar a reflexão sobre os actuais fenómenos de
enfraquecimento da coesão social e das organizações colectivas e seus
efeitos não somente em matéria de marginalização social dos idosos, como
de emergência de problemas sociais.
- Aprofundar os
conhecimentos acerca das potencialidades do associativismo e de outras
formas de organização colectiva para a (re)construção de laços
intergeracionais e a revalorização do papel social dos idosos.
- Identificar saberes processuais e saberes-fazer necessários para contribuir para a formação/dinamização de actores colectivos.
Programa
1. A associação e o seu potencial para intensificar os laços
sociais (interclassistas e intergeracionais), ampliar a participação
cívica e sustentar a criação de actividades económicas.
2.
Implicação dos idosos num programa de desenvolvimento social e cultural
de base territorial: uma via para fomentar o relacionamento
intergeracional:
- Realização do diagnóstico de necessidades e de problemas sociais numa dada área residencial;
- Realização do diagnóstico dos equipamentos a serem criados;
- Angariação dos recursos indispensáveis à sua implementação;
- Gestão dos equipamentos e manutenção do seu funcionamento;
- Prestação de serviços nesses equipamentos.
3.
Participação em estruturas vocacionadas para causas colectivas, um
recurso para restaurar os sentimentos de utilidade social e de pertença e
revalorizar a identidade social dos idosos.
4. Criação
de associações ou grupos de entreajuda dos familiares de idosos, uma via
para enriquecer a sociabilidade dos idosos mais frágeis e dependentes.
Demonstração da Coerência dos Conteúdos Programáticos com os Objetivos da UC
Através dos conteúdos programáticos previstos pretende-se que os
mestrandos fiquem a conhecer a formação associativa e o seu potencial para trabalhar com os idosos a diversos níveis: fomentando o laço social entre eles, entre eles e as instituições que os acolhem, entre eles e a comunidade onde residem; restaurando os seus sentimentos de pertença e de identidade social; elevando os seus recursos sociais e culturais e os seus sentimentos de utilidade social.
Bibliografia Principal
Almeida, M. F.; Iniciativas de participação cidadã de idosos em Portugal: um estudo exploratório Análise Social, 219, 402-431, 2016
García, I. et al.;Ciudadanía activa y personas mayores. Contribuciones desde un modelo de educación expresiva. Revista Iberoamericana de Educación, 55, 1-13, 2011
Gonzales, E. et al. ;Increasing Opportunities for the Productive Engagement of Older Adults: A Response to Population Aging. The Gerontologist, 55(2), 252¿261, 2015
Prouteau, L. & Wolff, F.-C.;La participation associative et le bénévolat des seniors. Retraite et société, 50, 158-189, 2017
Nowik, L. & Morel, G.;Engagement associatif: ces retraités qui veulent être utiles aux autres. Communication au congrès de l¿Association Française de Sociologie, Bordeaux, 1-16, 2006
Ribeiro, O.; O envelhecimento ¿activo¿ e os constrangimentos da sua definição. Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, número temático, 33-52, 2012
Métodos de Ensino
Combinação de aulas expositivas em que se lançam os conteúdos programáticos, com a recomendação de leitura de textos a eles alusivos e a sua discussão em contexto de aula, e ainda a apresentação e análise de
outros contributos trabalhados pelos alunos.
Avaliação:
- trabalho individual que consistirá na análise de texto (artigo/capítulo de livro ou tese,...) sobre o tema, contemplando (I) preparação e entrega da planificação da apresentação oral e a própria apresentação (50%); elaboração de ficha de leitura (50%). Em caso de não apresentação ou não aprovação nas duas componente, o mestrando tem oportunidade de fazer o exame final.
Modo de Avaliação
Avaliação apenas com exame final
Demonstração da Coerência das Metodologias de Ensino com os Objetivos de Aprendizagem da Unidade Curricular
Uma vez que com a disciplina se pretende que os alunos se apropriem de um conjunto de novos conhecimentos, considera-se indispensável investir na sua exposição de uma forma que se pretende estruturada e coerente, tornando-os inteligíveis e deste modo apreensíveis. Isto não invalida que se combinem estes momentos com outros, complementares e seguramente de maior implicação e exigência para os alunos, em que são desafiados a organizar e mobilizar os referidos conhecimentos a partir de problemas concretos analisados nas aulas.