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Tese de Intervenção Social na Infância e Juventude em Risco de Exclusão Social

Pobreza, Exclusão Social e Rendimento Social de Inserção: as vozes das crianças e dos jovens

Aluno:Bárbara Mariana Nunes Rios
Nº de Aluno: 170123015
 
 
Início: 2019-09-20
Entrega da Tese: 2020-11-20
Defesa: 2020-12-21
 
Título da Tese: Pobreza, Exclusão Social e Rendimento Social de Inserção: as vozes das crianças e dos jovens
Tema Definitivo: Pobreza, Exclusão Social e Rendimento Social de Inserção: as vozes das crianças e dos jovens
Resumo: A pobreza e exclusão social são fenómenos transversais às diversas sociedades. Afetam indivíduos e famílias de formas distintas, mas a sua presença deixa marcas profundas, muito particularmente nas crianças e nos jovens. Em Portugal, as famílias com crianças e jovens a cargo são particularmente afetadas pela pobreza e pela exclusão social. Dados publicados pelo INE mostram que, desde 2003, os agregados com crianças dependentes apresentam uma taxa de risco de pobreza sempre próxima dos 20%. O Rendimento Social de Inserção, medida de combate à pobreza e exclusão social, tem, desde 2004, entre 40 a 50% de beneficiários com menos de 25 anos. Apesar de se tratar de uma medida que atenua a dificuldade de satisfação das necessidades básicas, surge associada a representações sociais menos positivas sobre as famílias que dela beneficiam, estigma ainda mais reforçado quando ao apoio social se associa a pertença à comunidade cigana. Assim, quer as condições objetivas de vida marcadas pela carência a vários níveis, quer o estigma de que as famílias beneficiárias do RSI são alvo no seu quotidiano têm, necessariamente, impacto no modo como as crianças e jovens constroem a sua identidade, como perspetivam a vida presente e o futuro. Esta pesquisa pretendeu, assim, dar voz aos membros dos agregados familiares que, quanto a este assunto, são geralmente menos ouvidos: as crianças e os jovens. Qual o impacto das condições objetivas de vida marcadas pela pobreza na subjetividade destas crianças e jovens?; Como se vêem a si próprios?; O que pensam da pobreza, da exclusão, do RSI?; O que esperam do futuro? Foram algumas das questões que nortearam esta pesquisa que pretendeu dar voz àqueles que mais sofrem com a pobreza e a exclusão, mas que são menos ouvidos. O trabalho de pesquisa envolveu 45 crianças e jovens acompanhadas no âmbito do SAAS de uma associação da zona centro do país: 32 pertencentes a famílias de etnia cigana e 13 pertencentes a famílias de etnia não cigana. Os resultados evidenciam de forma clara como a pobreza material é uma constante na vida destas crianças, quer de um modo objetivo ¿ porque vivem em situações de carência ¿ quer de um modo subjetivo ¿ porque a preocupação central para o futuro é não ser pobre, ter dinheiro e ter trabalho. O problema da discriminação aparece, também, com visível impacto na vida destas crianças e jovens, particularmente para as de etnia cigana que o destacam nas respostas dadas às diversas questões. Conhecer o que pensam estas crianças e jovens é, assim, fundamental para trabalhar no sentido da interrupção de processo de reprodução intergeracional da pobreza e da exclusão.