Aluno: | Joana Casado Alves | |
Nº de Aluno: | 190123001 | |
Início: | 2020-07-27 | |
Inscrição Definitiva: | 2021-09-17 | |
Entrega da Tese: | 2022-05-06 | |
Defesa: | 2022-06-21 | |
Título da Tese: | Da instituição para o mundo exterior: que desafios no processo de autonomização | |
Tema Definitivo: | Da instituição para o mundo exterior: que desafios no processo de autonomização | |
Tema Provisório: | Da instituição para o mundo exterior: que desafios no processo de autonomização | |
Resumo: | Ao longo dos anos, o crescimento e desenvolvimento das crianças e dos jovens têm sido alvo de atenção por parte dos poderes públicos. Nesse sentido, têm sido implementadas e ajustadas políticas de proteção e medidas de intervenção por forma a salvaguardar o interesse superior da criança, as suas necessidades e o seu bem-estar. O estudo sobre os sinais de risco e de perigo, bem como das suas consequências para as crianças e jovens tem vindo a ser cada mais desenvolvido por forma a encontrar soluções que preservem o seu estado quer físico, psicológico e emocional. Várias são as medidas de proteção existentes em Portugal direcionadas à infância e juventude e, não obstante se privilegiar as que se destinam à manutenção da criança no seu meio natural de vida, o acolhimento continua a ter uma expressão a não desconsiderar, sendo o acolhimento em instituição claramente superior ao acolhimento familiar. Quando se pensa no acolhimento residencial, deve ter-se em conta que é necessário promover um crescimento e desenvolvimento digno e, desta forma, as instituições, juntamente com cada uma das crianças e dos jovens, traçam o seu caminho tendo por base as suas necessidades. Atendendo a que há crianças e jovens que crescem nas instituições e aí se tornam adultos, o desenvolvimento de um projeto de autonomia constitui uma fase importante para a preparação para uma vida adulta independente. Compreender de que modo se processa essa preparação para a vida adulta em jovens com percursos de institucionalização, bem como os desafios que enfrentam quando saem da instituição foi o mote da pesquisa desenvolvida e da qual se dá conta nesta dissertação. Com recurso a entrevistas a jovens com percursos de institucionalização e a técnicos que trabalham em instituições de acolhimento procurou compreender-se como se processa o trabalho com vista à promoção da autonomia. Através de uma amostra de bola de neve, identificaram-se jovens (em projeto de autonomia ou que já tinham saído da instituição) e, de forma intencional e por conveniência, entrevistaram-se, igualmente, profissionais que trabalham em instituições com o objetivo de perceber de que forma são desenvolvidos esses projetos de autonomia e quais os desafios/dificuldades que os jovens possam sentir aquando da saída da instituição.Destaca-se que este trabalho pode ser uma mais-valia para qualquer instituição visto que pode ser o início de uma investigação mais aprofundada. Com isto pretende-se desafiar os técnicos, juntamente com os jovens, a identificar as dificuldades e os desafios aquando da saída da instituição para poder melhorar o trabalho desenvolvido ao nível dos projetos de autonomia. Não podemos esquecer que cada projeto difere uns dos outros. Contudo se houver a possibilidade de entender quais os problemas identificados de um modo geral, é possível priorizar certas ações nas instituições com o objetivo de capacidade os jovens para a sua vida autónoma. |