| Resumo: | A presente investigação mostra a importância do Serviço de Apoio Domiciliário na
melhoria da qualidade de vida dos idosos, podendo mostrar-se como uma resposta capaz de
responder às necessidades dos idosos, permitindo que estes se mantenham no seu domicílio,
envelhecendo no próprio lugar.
Com a intensificação do fenómeno do envelhecimento populacional é, cada vez mais,
importante criar ou tornar as infraestruturas existentes e respostas sociais mais adaptadas e
eficazes, para que consigam promover o bem-estar, a autonomia e a qualidade de vida dos
idosos que usufruem dos serviços. Atualmente tem-se privilegiado os cuidados no domicílio,
ou seja, no seu meio natural de vida, em detrimento da institucionalização do idoso.
Com um percurso teórico centrado no processo de envelhecimento, procuramos
salientar o conceito de ¿aging in place¿ que nos mostra as vantagens de manter a pessoa idosa
no próprio lugar, na comunidade local e no contexto habitacional, inserida na sua rede de
relacionamento social para que possa envelhecer com qualidade de vida, tendo satisfeitas com
qualidade as suas múltiplas necessidades.
Tendo por base uma metodologia predominantemente qualitativa, procedemos à
realização de 20 entrevistas aos idosos, familiares e profissionais. Procurámos compreender as
perceções destes três grupos de atores, acerca da estrutura e do atual funcionamento do serviço
de apoio domiciliário.
Neste âmbito, os objetivos gerais do estudo empírico passam por percecionar a
qualidade de vida dos idosos integrados no SAD de uma instituição situada na região Norte.
Com um destaque mais específico pretendeu-se caracterizar a amostra composta por utentes
idosos, ajudantes familiares, familiares e assistente social/diretora técnica da resposta social,
apurar elementos analíticos da qualidade de vida geral dos idosos e elementos advindos da sua
perceção acerca da qualidade de vida na sua relação com o SAD.
A metodologia dominante em termos da análise de dados foi a análise de conteúdo
temática, que nos evidenciou a importância deste tipo de resposta social na promoção da
qualidade de vida da pessoa idosa e dos seus cuidadores informais, com vista à necessidade da
complementaridade de cuidados prestados por cuidadores formais e informais. |