Aluno: | Inês Sequeira Soares | |
Nº de Aluno: | 190123020 | |
Início: | 2020-07-27 | |
Inscrição Definitiva: | 2021-09-17 | |
Entrega da Tese: | 2022-05-02 | |
Defesa: | 2022-06-27 | |
Título da Tese: | A arte de recomeçar: a redefinição dos mundos vividos | |
Tema Definitivo: | A arte de recomeçar: a redefinição dos mundos vividos | |
Tema Provisório: | Processo de (re)socialização de crianças e jovens em centros de acolhimento. | |
Resumo: | O relatório apresentado tem duas componentes: uma componente de investigação e uma componente de intervenção. O estudo tem como objetivo caracterizar e compreender os significados atribuídos à medida de acolhimento residencial e o que pensam os/as jovens sobre as casas de acolhimento enquanto lugares de (re)socialização para a sua integração na comunidade. Realizado no decurso do estágio, a presente pesquisa estudou as trajetórias biográficas de 12 jovens institucionalizados, com idades compreendidas entre os 14 e os 24 anos, residentes há cinco anos. Os resultados do estudo foram obtidos através de análise reflexiva das narrativas dos/as jovens. Os resultados obtidos indicam que a medida de acolhimento residencial representa um fator de proteção nas trajetórias biográficas dos/as jovens institucionalizados, tal como pudemos verificar nas narrativas dos/as jovens. A análise evidencia que as estratégias terapêuticas mobilizadas estão a gerar alterações atitudinais e comportamentais nos/as jovens, constituindo-se num fator de proteção de comportamentos disruptivos no futuro. O projeto de investigação e o projeto de intervenção - intitulado ¿(Re)Começar¿, foi orientado para o desenvolvimento de competências pessoais, cognitivas, emocionais e comportamentais - evidenciaram trajetórias biográficas onde a dor, o sofrimento, a insegurança, o abandono, o vazio emocional e a perda do sentido de vida, a par da vivência de certas práticas marginais, são os atributos que melhor definem a desesperança e expressam o medo de não se ser importante para ninguém. A identidade forjada numa vida de errância levou-os a criar um imaginário, onde as figuras escolhidas lhes permitiram encontrar-se na terra de ninguém. |