Código: | SS1910244 | Sigla: | SMS2 | |
Áreas Científicas: | SOCIOLOGIA |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos | Horas Contacto | Horas Totais |
---|---|---|---|---|---|---|
LSS1 | 45 | Despacho 11629/2007, de 12 de Junho | 3º | 4 ECTS |
Teóricas: | 28,00 |
Inquéritos: | 0,00 |
Docência - Horas
|
Objectivos da disciplina no contexto da licenciatura
a) Aprofundar o domínio dos instrumentos fornecidos pela Sociologia para analisar criticamente fenómenos/problemas sociais que mobilizam a intervenção do Assistente Social;
b) Fornecer conhecimentos teóricos necessários para interpretar situações concretas observáveis no decorrer do estágio de Serviço Social e para analisar modelos e estratégias de intervenção;
Objectivos específicos da disciplina
1. Dominar as várias leituras do comportamento desviante produzidas no quadro da Sociologia;
1.1 Perceber que a noção de marginalidade social remete para uma pluralidade de situações e comportamentos reagrupáveis em torno de dois tipos principais de fenómenos: condições sociais caracterizadas pela privação de recursos socialmente eficientes (pobreza/exclusão social); práticas e carreiras desviantes;
1.2 Entender as várias leituras sociológicas do comportamento desviante, em geral, e da delinquência juvenil, em particular;
1.3 Investir na construção de uma problemática teórica que encare o comportamento desviante como uma acção colectiva indissociável das relações de dominação e concorrência que estruturam o espaço social.
1. Introdução
1.1. Desvio, crime, normas e controlo social
1.2. O normal e o patológico na perspectiva da Sociologia
1.3. Diversidade dos comportamentos desviantes
1.4. Perspectivas biológicas e psicológicas de abordagem do desvio
2. A pluralidade teórica na abordagem sociológica do desvio
2.1. Comportamento desviante e défice de integração normativa
2.1.1. A perspectiva de E. Durkheim: o crime e o desvio enquanto fenómenos normais e úteis; as funções do crime e do desvio; o conceito de anomia.
2.1.2. A Escola de Chicago: território urbano e socialização para o crime; o conceito de desorganização social.
2.2. O desvio na perspectiva estrutural-funcionalista.
2.2.1. Da abordagem de Merton a Cloward e Ohlin: disfunção entre estrutura social e estrutura cultural; modos de adaptação à frustração.
2.3. A abordagem culturalista do desvio.
2.3.1. A. Cohen: a subcultura delinquente como resposta ao conflito entre a cultura dos adolescentes das classes populares e a cultura escolar; condições para o desenvolvimento e persistência da subcultura delinquente.
2.4. Acção colectiva e produção de carreiras desviantes: a perspectiva interaccionista.
2.4.1. O desvio como acção colectiva; o modelo sequencial do desvio (principais etapas da carreira desviante - H. Becker); o papel das instituições totais na reprodução do desvio (E. Goffman).
Um dos objectivos da disciplina consiste em que os alunos dominem as várias leituras do comportamento desviante produzidas no quadro da Sociologia. Para dar cumprimento a tal objectivo o programa contém um conjunto de quadros teóricos de referência no âmbito da Sociologia (abordagem funcionalista, estruturo-funcionalista, culturalista e interaccionista) que serão explorados no que especificamente diz respeito à análise dos factores explicativos do comportamento desviante e do crime. Através da análise pormenorizada dos diferentes autores, procurar-se-á que os alunos percebam que a noção de marginalidade social remete para uma pluralidade de situações e comportamentos reagrupáveis em torno de dois tipos principais de fenómenos: condições sociais caracterizadas pela privação de recursos socialmente eficientes (pobreza/exclusão social) e práticas e carreiras desviantes.
BECKER, H.S. ;Outsiders (Uma teoria da acção colectiva), Rio de Janeiro: Zahar, 1977 |
COHEN, A. ;Delinquent Boys, Illianois: The Free Press, 1955 |
DURKHEIM, E. ;As Regras do Método Sociológico, Lisboa: Presença, 1991 |
FERREIRA, J.M. et al. ;Sociologia, Lisboa: McGraw Hill, 1995 |
GIDDENS, A. ;Sociologia, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2004 |
GOFFMAN, E. ;Estigma, Rio de Janeiro: Zahar, 1982 |
HERPIN, N. ;A Sociologia Americana, Porto: Afrontamento, 1982 |
MERTON, R. ;Sociologia, Teoria e Estrutura, S. Paulo: Ed. Mestre Jou, 1970 |
GONÇALVES, R. A. ;Delinquência, Crime e Adaptação à Prisão, Coimbra: Quarteto Editora, 2000 |
MACHADO, H. ;Manual de Sociologia do Crime, Porto: Afrontamento, 2008 |
TRAUB, S.H. & LITLLE, C.B. ;Theories of Deviance, Illinois: F.E. Peacock Publishers, 1999 |
XIBERRAS, M. ;As Teorias da Exclusão, Lisboa: Instituto Piaget, 1993 |
A docente poderá disponibilizar outros documentos bibliográficos de apoio na pasta de documentos da UC.
A metodologia de ensino e respectivas técnicas didácticas incide, de acordo com as directrizes de Bolonha, sobre aulas teóricas (T) que contemplam a análise, pela docente, dos conteúdos programáticos da unidade curricular, articulando-se a exposição teórica dos temas com a ilustração empírica e a participação dos alunos na sua discussão partindo de actividades científico-pedagógicas que visam consolidar as suas competências (apresentação de textos/outros documentos; análise e discussão de informação estatística sobre as problemáticas em causa; visionamento e discussão de filmes e documentários focalizados nos factores explicativos do desenvolvimento do comportamento desviante).
1
Descrição | Tipo | Tempo (horas) | Data de Conclusão |
---|---|---|---|
Participação presencial (estimativa) | Aulas | 30 | |
Prova individual | Teste/Exame | 2 | |
Total: | 32 |
Não aplicável.
De acordo com o estabelecido no Regulamento de Avaliação de Conhecimentos.
De acordo com o estabelecido no Regulamento de Avaliação de Conhecimentos.
A compreensão das várias leituras do comportamento desviante produzidas no quadro da Sociologia, considerando por um lado o papel activo da pobreza e exclusão social na génese das práticas e carreiras desviantes e por outro lado, as práticas e carreiras desviantes em si mesmas, apela a um esforço de aplicação teórica das teorias sociológicas em aprendizagem a um dado fenómeno social concreto. Para isso consideramos fundamental o investimento em metodologias activas de ensino/aprendizagem, onde se solicite ao aluno a participação na realização de exercícios, discussão de casos práticos, interpretação de eventos associados ao trabalho de terreno. Este tipo de metodologia complementa-se com o recurso a aulas expositivas onde são apresentados, de forma mais sistemática, os conteúdos programáticos da disciplina.