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Diagnóstico Psicossocial de Crianças e Jovens cuja Socialização


Código: M2304   

Ocorrência: 2018/19 - 1S

Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos Horas Contacto Horas Totais
MISIJR 20 Despacho nº 21276/2009, de 21 de Setembro 7,5 ECTS 0 0

Horas Efetivamente Lecionadas

1TMISIJ

Teórico-Práticas: 45,00

Docência - Horas

Teórico-Práticas: 3,00

Tipo Docente Turmas Horas
Teórico-Práticas Totais 1 3,00
Elsa Montenegro Moreira Marques   3,00

Objectivos, Competências e Resultados de aprendizagem

Desenvolver competências ao nível da elaboração de diagnósticos psicossociais de crianças e jovens cuja socialização é marcada por rupturas e choques biográficos: 1.1 Adquirir saberes teóricos para identificar problemas associados ao crescimento em contexto de pobreza e exclusão social; 1.2 Contribuir para o investimento dos conhecimentos teóricos na análise de processos de marginalização de jovens na transição para a idade adulta; 1.3 Elaborar problemáticas teóricas capazes de romper com interpretações de senso comum; 1.4 Exercitar a articulação entre hipóteses teóricas, interpretativas da realidade, e hipóteses operacionais, destinadas a suportar e orientar a ação; 1.4.1 Saber destrinçar os processos estruturais intangíveis dos mecanismos sociais que são possíveis transformar;1.4.2 Identificar perspectivas de evolução das situações sobre as quais é possível intervir, em função da natureza dos problemas e das capacidades dos actores que podem ser mobilizados; 1.4.3 Adquirir competências analíticas para identificar os modos de agir mais adequados à resolução dos problemas.

Programa

1.      Considerações teóricas gerais sobre o diagnóstico psicossocial: a identificação e análise de situações sociais numa perspectiva de pesquisa operacional 2. Etapas do diagnóstico psicossocial 2.1 Identificação de problemas sociais e construção de problemáticas teóricas 2.1.1 Sobre as dimensões económica, relacional, simbólica da exclusão social na infância e adolescência 2.1.2 Sobre as transformações das estruturas e práticas familiares, assim como dos laços sociais no quadro do habitat residencial 2.1.3 Sobre os efeitos das lógicas de funcionamento do contexto escolar na trajetória escolar das crianças e jovens 2.2 Tradução de hipóteses teóricas em hipóteses operacionais relativas 2.2.1 à superação dos constrangimentos do contexto familiar e dos efeitos do habitat residencial na rede de sociabilidade, nos padrões de conduta e na construção da identidade 2.2.2 à superação das dificuldades e lacunas em matéria de aprendizagem escolar e social dos adolescentes. 


Demonstração da Coerência dos Conteúdos Programáticos com os Objetivos da UC

Em consonância com o principal objetivo da disciplina, os conteúdos programáticos encontram-se estruturados em função de dois princípios básicos. O primeiro diz respeito à seleção e articulação de diversos saberes teóricos adequados à compreensão dos processos sociais que estão na origem dos problemas concretos que atingem as crianças e os jovens cuja socialização ocorre em contextos de pobreza e exclusão, a saber o problema do insucesso e abandonos escolares, os efeitos da vivência num habitat desqualificado nos modos de vida e na construção identitária, o impacto das condições sócio-económicas do grupo doméstico sobre os modos de vida, muito em particular, sobre o processo de escolarização de crianças e jovens. O segundo princípio de fundo considerado, em plena conformidade com o objetivo 1.4, foi o de procurar refletir sobre as transformações a desencadear a fim de superar os problemas sociais específicos acima referenciados, exercitando a construção de hipóteses operacionais que constituam um suporte para a ação junto de crianças e jovens desmunidos socialmente.

 


Bibliografia Principal

ANDER-EGG, Ezequiel;Investigacion y diagnostico para el trabajo social, Humanitas, 1990
SPRINTHALL, N. A.; COLLINS, W. A;Psicologia do Adolescente. Uma abordagem desenvolvimentista, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1999
BRAZELTON, T. B.; GREENSPAN, S. I;A Criança e o seu mundo. requisitos essenciais para o crescimento e aprendizagem, Lisboa, Editorial Presença, 2002
MARQUES, Elsa; QUEIROZ, M. Cidália;A Teoria do habitus para a prática do serviço social. Uma experiência de investigação-ação ao serviço da inclusão, Porto, Edições Afrontamento, 2014
GUERRA, Isabel;Fundamentos e Processos de uma sociologia de Acção, Cascais, Principia, 2000
FERNANDES, Natália, TOMÁS, Catarina;«Infância, direitos e risco(s) : velhos e novos desa¿os identi¿cados a partir da análise dos Relatórios da CNPCJR (2000 e 2010) », Forum Sociológico [Online], 29 , 2016
TORRES, A. (Coord.). ;Estudo de diagnóstico e avaliação das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens. , Lisboa: Centro de Investigação e Estudos de Sociologia. Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa., 2008
FERREIRA, J. M. L;Serviço Social e modelos de bem-estar para a infância: `modus operandi¿ do assistente social na promoção da protecção à criança e à família, Tese (Doutoramento em Serviço Social) ¿ Instituto Universitário de Lisboa, ISCTE, 2009

Bibliografia Complementar

PEREZ SERRANO, Glória;Elaboração de projectos sociais: casos práticos., Porto, Porto Editora, 2008
ANDER-EGG, Ezequiel ; AGUILAR IDÁNEZ, María José;Cómo elaborar un proyecto : Guía para disenar proyectos sociales y culturales, Argentina, Lumen, , 1995
QUEIROZ, Maria Cidália; GROS, Marielle Christine;Ser Jovem num bairro de habitação social, Porto, Campo das Letras, 2002
MATOS, Bela et all;Acolhimento Terapêutico: Pistas de intervenção para profissionais, Lisboa: Casa Pia de Lisboa, 2015

Métodos de Ensino

A pedagogia a utilizar nas aulas assenta em dinâmicas interativas centradas na discussão e reflexão crítica a respeito 1) do processo de recolha de informação junto de menores em risco e/ou em perigo; 2) dos instrumentos de caracterização diagnóstica utilizados no Sistema de Proteção de Menores; 3) da génese dos principais fenómenos e problemas sociais que atingem crianças e jovens em situação de grave privação material, cultural e simbólica mas. A utilização de métodos ativos, que fazem apelo à participação contínua dos formandos, será também posta em prática através do exercício de construção das principais linhas de ação a implementar para combater as causas dos problemas a tratar. Prevê-se, ainda, o recurso a aulas de acompanhamento tutorial no trabalho de construção de um diagnóstico psicossocial, a ser submetido a avaliação.



Modo de Avaliação

Avaliação distribuída com exame final

Componentes de Avaliação e Ocupação registadas

Descrição Tipo Tempo (horas) Data de Conclusão
Participação presencial (estimativa)  Aulas  57
  Total: 57

Avaliação Contínua


Avaliação Final

A avaliação da disciplina será no regime de avaliação distribuída feita a partir de um dos seguintes elementos de avaliação:
1. Exercício escrito individual de reflexão teórica a respeito de um problema social que afeta crianças e jovens (50%) e Apresentação oral da referida reflexão produzida (50%);
OU
2. Elaboração de um diagnóstico psicossocial de uma criança ou jovem em situação de vulnerabilidade social. (50%) e apresentação oral do diagnóstico (50%)

Provas e Trabalhos Especiais


Demonstração da Coerência das Metodologias de Ensino com os Objetivos de Aprendizagem da Unidade Curricular

A coerência entre metodologias de ensino e objetivos é assegurada através de pedagogias centradas no investimento dos conceitos e saberes na análise dos problemas que afetam crianças e jovens em risco/perigo. A atribuição de significado e utilidade prática aos conhecimentos teórico-metodológicos convocados pela elaboração de um diagnóstico requer a tradução dos contributos teóricos em instrumentos de seleção, observação e análise da realidade. Impõe, ainda, a tradução de hipóteses teóricas, interpretativas dos fenómenos, em hipóteses operacionais capazes de orientar os estudantes na intervenção. Perceber as ligações existentes entre um diagnóstico e um projeto de intervenção só é possível se o processo de ensino-aprendizagem partir dos problemas e situações concretos enfrentados pelos estudantes no decurso do seu exercício profissional junto de crianças e jovens em situação de risco/perigo.