| Código: | M2305 |
| Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos | Horas Contacto | Horas Totais |
|---|---|---|---|---|---|---|
| MISIJR | 20 | Despacho nº 21276/2009, de 21 de Setembro | 1º | 7,5 ECTS | 0 | 0 |
| Teórico-Práticas: | 48,00 |
Docência - Horas
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Português
. Capacitar os estudantes com uma estrutura de saberes em uso na prática: - Saberes teóricos, processuais e saberes fazer a investir na acção voltada para a mudança organizacional. . Identificação dos obstáculos gerados nos modos de funcionamento institucional que comprometem: - o cumprimento da sua missão, finalidades e objectivos pela implementação de um projecto institucional inovador; - a adequação das intervenções aos problemas reais das crianças e jovens e a implicação destes na sua resolução; - a construção de uma estrutura organizacional inovadora a nível de: - divisão do trabalho, hierarquia e tomada de decisão, coordenação, comunicação. - a construção de relações entre os actores que traduzam um clima organizacional positivo: - a relação de qualidade entre profissionais e utilizadores na institucionalização, - a constituição de equipas coesas, - o trabalho de parceria . . Definição de possibilidades de acção sobre as dinâmicas institucionais, para que a instituição de acolhimento promova efectivamente a integração escolar e social das crianças e jovens, em estreita articulação com a reparação necessária nos planos cognitivo, afectivo e moral.
1. Gestão tradicional e (re)produção da desigualdade e exclusão social 1. 1 Objectivação; inversão da oferta/procura; normalização dos espaços/actividades; individualização; efeitos de apropriação/exclusão e concorrência entre intituições. 1. 2 Ausência de comunicação entre fornecedores e transformadores de recursos e produtores e utilizadores de serviços; 1. 3 Relações de poder e estratégias de afirmação de grupos profissionais. 2 Sistema de poder e relação institucional com os utilizadores: a estigmatização e os processos psicológicos de resistência ao estigma 2.1 Relações de poder nas instituições totais e efeitos da institucionalização na produção da subjectividade. 3 O sistema organizacional: 3.1 Componentes da estrutura; 3.2 Desenho organizacional; 3.3 Modelos de decisão; 3.4 Poder, conflito e negociação; 3.5 Cultura organizacional. 4 Mudança organizacional 4.1 Gestão do desenvolvimento social e satisfação de necessidades; 4.2 Condições do modelo organizativo e elaboração de situações criativas para problemas; 4.3 A afirmação da concertação interdisciplinar e interinstitucioinal. 5 A construção do diagnóstico. Estudos de caso. Sendo o objectivo da disciplina o domínio de saberes implicados na elaboração de diagnósticos sócio-institucionais, o programa centra-se na abordagem do património teórico que permite aos alunos o estudo das organizações para terem mais sucesso nas suas intervenções. A abordagem do sistema de gestão tradicional e do sistema de gestão promotor do desenvolvimento social, das teorias que analisam as relações de poder nas instituições totais e efeitos da institucionalização na produção da subjectividade e das teorias da estrutura organizacional, permite a mobilização de saberes cruciais para a construção desse diagnóstico. Destaque-se, ainda, a abordagem da mudança organizacional que é fundamental para a identificação de caminhos de intervenção inovadores. Tendo como dimensões de estudo a identificação da missão, finalidades, objectivos e projecto institucional, a génese e o percurso da organização, a(s) lógica(s) a que obedece(m) a organização dos espaços e a adequação dos recursos materiais neles existentes e a análise das relações entre os actores, os alunos identificam obstáculos e potencialidades para a construção de novos caminhos de intervenção
As aulas são destinadas à construção de um guião para a elaboração do diagnóstico sócio-institucional que permite orientar o processo de análise da organização, nas suas diversas dimensões de estudo, combinando a análise da dimensão formal e a análise da dimensão informal. Para a análise da dimensão formal da organização os alunos são orientados para a recolha e análise documental de fontes oficiais (estatutos, regulamentos, planos e relatórios de actividades, folhetos, actas de reuniões, circulares, notas de serviço, etc.). Para a análise da dimensão informal constroem-se guiões para a observação do quotidiano institucional e guiões de entrevista aos diferentes actores da organização. O aluno pode, assim, utilizar os instrumentos teóricos fornecidos no decurso das aulas. Os alunos devem entregar um trabalho individual que é a elaboração de um diagnóstico progressivamente construído a partir da experiência de intervenção/investigação numa instituição de acolhimento a menores ou que trabalhe com crianças que estão institucionalizadas. Neste trabalho as dificuldades e progressos são acompanhados, desde o início do semestre, pelo docente da disciplina. Sendo o principal objectivo da disciplina a elaboração de diagnósticos sócio-institucionais, o processo de ensino-aprendizagem implica o predomínio dos métodos activos orientados para a construção de instrumentos de recolha de informação utilizados na elaboração do diagnóstico, devidamente sustentados pelo recurso ao método expositivo, designadamente para a selecção de contributos teóricos indispensáveis para a estruturação dos processos de observação e análise. Os alunos têm a oportunidade de elaborar e aplicar o guião para a elaboração do diagnóstico sócio-institucional e, desta forma, atribuir significado e utilidade prática aos conhecimentos teóricos requeridos para a sua elaboração e desenvolver saberes processuais e saberes fazer a investir na acção voltada para a mudança organizacional. O exercício de realização da análise de SWOT, ao permitir identificar os pontos fracos e os pontos fortes e também as ameaças e as oportunidades conduz os alunos à definição de possibilidades de acção sobre as dinâmicas institucionais, para que a instituição de acolhimento promova a integração social das crianças e jovens institucionalizados.
Avaliação apenas com exame final
Bibliografia: - Benelli, S. J., (2003) - ¿O Ateneu: Produção de Subjectividade na Instituição Total: violência e subjectividade¿, in Psicologia USP (online), vol. 4, nº 3, p. 133-170 - Bilhim, João A. (2004) Teoria organizacional ¿ Estruturas e Pessoas, Lisboa: Lisboa: ISCSP - Campenhoudt, L. V. (2003) Considerar qualquer maneira de viver como normal e aceitável, in Introdução à Análise dos Fenómenos Sociais, Lisboa: Gradiva - Canavarro, José M. (2000) - Teorias e Paradigmas Organizacionais, Coimbra: Quarteto - Ferreira, J. M. C.; Neves, J.; Caetano, A. (2001) - Manual de Psicossociologia das Organizações, Lisboa : Mc Graw Hill - Fischer, G. (1992) ¿ A Dinâmica Social ¿ Violência, Poder, Mudança, Lisboa: Planeta Editora - Goffman, E. (1996) ¿ Manicómios, Prisões e Conventos; S. Paulo: Editora Perspectiva - Gualejac, V; et al (1995) ¿ L¿ Ingénierie Social, Paris: Ed Syros - Gaulejac, V. et Taboada, L. (1994) ¿ La Lutte des Places, Paris: Epi - Mintezberg, Henry (1979) ¿ Estrutura e Dinâmica das Organizações, Lisboa: Publicações Dom Quixote - Paugam, S. (1997) ¿ La Disqualification Sociale ¿ essai sur la nouvelle pauvreté, Paris: PUF
