Código: | SS2210227 | Sigla: | MTIS2 | |
Áreas Científicas: | Teoria Social Aplicada |
Sigla | Nº de Estudantes | Plano de Estudos | Anos Curriculares | Créditos | Horas Contacto | Horas Totais |
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LSS1 | 74 | Aviso nº 16918/2022 de 30 de Agosto | 2º | 5 ECTS |
Docência - Horas
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São três os objectivos fundamentais desta disciplina:
1. Fornecer um conjunto de instrumentos de forma a capacitar os alunos para o acompanhamento e análise crítica do conhecimento científico relevante para a prática do Serviço Social;
2. Capacitar os alunos para a realização de investigação científica no âmbito do Serviço Social e das ciências sociais;
3. Promover a aquisição de conhecimentos e competências do ponto de vista metodológico que permitam operacionalizar um projecto de investigação e de intervenção.
I. Principais técnicas de recolha e tratamento de informação
1. Amostragem
1.1. Introdução à amostragem
1.2. Métodos de amostragem probabilística
1.2.1. Tipos de amostras: aleatória simples; sistemática; estratificada; em grupos; multi-etápica
1.2.2. Características da amostra probabilística
1.3. Métodos de amostragem não-probabilística
1.3.1. Tipos de amostras: de conveniência; em bola-de-neve; por quotas
1.3.2. Características da amostra não-probabilística
2. O inquérito por questionário
2.1. Breves considerações teóricas
2.2. Tipos de inquérito por questionário: potencialidades e limites
2.2.1. O inquérito por administração directa (auto-administrado)
2.2.2. O inquérito por administração indirecta
2.3. As principais etapas de elaboração do inquérito
2.4. A elaboração do inquérito: aspectos práticos (tipos de perguntas, redacção das perguntas, organização das perguntas)
2.5. A administração do inquérito
2.6. Considerações éticas
2.7. Análise e tratamento da informação recolhida por via do inquérito: o SPSS
3. Entrevistas
3.1. Breves considerações teóricas
3.2. Tipos de entrevistas:
3.2.1. Em função do seu grau de estruturação: estruturadas, semi-estruturadas e não estruturadas
3.2.2. Em função do número de entrevistados envolvidos: entrevistas a indivíduos e entrevistas a grupos (grupos focalizados - focus groups)
3.3. As histórias de vida como forma de entrevista
3.4. A condução da entrevista: aspectos práticos e principais factores interferentes
3.5. Potencialidades e limites das entrevistas
3.6. Considerações éticas
3.7. Análise e tratamento da informação recolhida por via da entrevista: a análise de dados qualitativos
4. Análise documental
4.1. O mundo como texto
4.2. Tipos de documentos: pessoais, oficiais e documentos dos meios de comunicação social
4.3. Critérios de avaliação dos documentos
4.4. Interpretação de documentos (análise de conteúdo e análise de discurso)
Procurando-se capacitar os alunos para a investigação cientifica, nomeadamente no plano metodológico, o programa centra-se em três aspectos fundamentais: as técnicas de amostragem adequadas às diferentes estratégias de investigação (quantitativa e qualitativa); o inquérito por questionário; a entrevista; e, finalmente, a análise documental, integrando neste último caso a importância do recurso às técnicas audiovisuais para captar o mundo (a fotografia e o vídeo, por exemplo).
Burgess, R. G.;A Pesquisa de Terreno, Oeiras, Celta Editora, 1997 |
Cea d'Ancona, M. A.;Metodología cuantitativa: estratégias y técnicas de investigación social, Madrid: Editorial Síntesis, 1999 |
Foddy, W. ;Como perguntar, Oeiras, Celta Editora, 1996 |
Fortin, M. F.;O Processo de Investigação: da concepção à realização, Loures, Lusociência, 1999 |
Ghiglione, R. & Matalon, B. ;O Inquérito, Oeiras, Celta Editora, 1993 |
Hill, M. M. & Hill, A. ;A construção de um questionário. Série de Working Papers de Dinâmia, Lisboa, Dinâmia, 1998 |
Lessard-Hébert, M. et al.;Investigação Qualitativa, Lisboa, Instituto Piaget, 1990 |
Lima, M. P. de ;Inquérito Sociológico, Lisboa, Presença, 2000 |
Moreira, J. M. ;Questionários: Teoria e Prática, Lisboa, Almedina, 2004 |
Poirier, J.; Clapier-Valladon, S. & Raybaut, P.;Histórias de Vida, Oeiras, Celta Editora, 1999 |
Quivy, R. & Campenhoudt, L. Van ;Manual de Investigação nas Ciências Sociais, Lisboa, Gradiva, 1992 |
Rubin, A. & Babbie, E.;Research Methods for Social Work, Belmont: Thomson, 2005 |
Spencer, S.;Visual research methods in the social sciences, Londres: Routledge, 2011 |
A docente poderá disponibilizar outros documentos de apoio na pasta de documentos da disciplina no Sigarra.
Tratando-se de uma disciplina teórico-prática a metodologia de ensino-aprendizagem pressupõe a orientação das aulas em dois sentidos: por um lado, aulas de carácter mais expositivo para apresentação dos principais conteúdos programáticos ilustrados com exemplos concretos e apelando à discussão com os alunos (capitalizando as experiências por estes vivenciadas no terreno); aulas de carácter prático para desenvolvimento de um conjunto diversificado de trabalhos relacionados com as matérias leccionadas (construção de amostras, elaboração de questões, estruturação de questionários e de guiões de entrevista, processos de análise documental e de codificação, no âmbito da análise qualitativa, o recurso à fotografia e ao vídeo como instrumentos de recolha de informação).
Avaliação distribuída com exame final
Descrição | Tipo | Tempo (horas) | Data de Conclusão |
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Participação presencial (estimativa) | Aulas | 45 | |
Prova individual | Teste/Exame | 2 | |
Estudo autónomo | Estudo | 78 | |
Total: | 125 |
Os alunos podem optar por uma das seguintes modalidades de avaliação:
a) Avaliação Distribuída
a) Realização de um trabalho de grupo com apresentação oral (relatório - 40% + apresentação oral - 10%). Para o efeito, os alunos devem consultar o documento orientador da elaboração do trabalho disponível na pasta de documentos da UC no Sigarra.
b) Realização de uma prova individual (50%) a realizar na mesma data do exame final.
Avaliação distribuída
Trabalho de grupo (50%) = relatório (40%) + apresentação oral (10%)
Teste escrito (50%)
Não aplicável.
De acordo com o Regulamento de Avaliação de Conhecimentos.
De acordo com o Regulamento de Avaliação de Conhecimentos.
A aquisição de competências no plano do desenvolvimento de trabalhos de investigação científica e da aplicação de instrumentos metodológicos adequados ao estudo de determinados problemas sociais pressupõe o recurso a estratégias de ensino-aprendizagem que envolvam os alunos em trabalhos práticos de aplicação dos conhecimentos aprendidos. A mera memorização de conteúdos não se coaduna com as exigências de experimentação da prática de investigação. Nesse sentido, o recurso a aulas práticas é um momento crucial de discussão e esclarecimento de dúvidas.