| Resumo: | A política de educação é uma política estratégica, tensionada por projetos sociais antagônicos em disputa, que se configura historicamente como palco de embates ideológicos, econômicos e sociais. Em Portugal tornou-se campo de atuação do assistente social desde que os processos de democratização de acesso ao ensino trouxeram para o interior da escola as múltiplas expressões da questão social (que tem a sua origem na relação capital-trabalho): pobreza, trabalho precário, desemprego, discriminação de gênero, etnia, raça e orientação sexual, dificuldades no acesso à saúde e violação de direitos diversos.
Essa dissertação visa contribuir para a reflexão sobre o trabalho do assistente social na escola frente a tantos desafios e avaliar de que forma esta inserção pode potencializar uma socialização humanizadora, crítica e emancipatória, tão necessárias ao pleno desenvolvimento das crianças, dos jovens e da sociedade como um todo.
O estudo insere-se nos pressupostos de uma análise qualitativa de pesquisa, e através do uso da metodologia de grupos focais com seis assistentes sociais da rede pública de ensino, analisa à luz do método dialético, as competências e atribuições destes profissionais, que atuam numa perspectiva de defesa e garantia de direitos, especialmente, na mediação entre família, escola, comunidade e rede de proteção social, por meio de um trabalho multiprofissional e interdisciplinar. Diante da imposição de restrições e distanciamentos, o estudo também aborda o trabalho do assistente social face ao agravamento dos problemas sociais que atingem às famílias e às escolas neste momento de pandemia. Pretende-se assim, dar visibilidade à profissão em meio escolar. |