| Resumo: | As características atuais das crianças e jovens em acolhimento pressupõem uma
adequação das estratégicas interventivas, nomeadamente no que concerne ao processo de
autonomia. Foi com base nesta premissa que tentamos através de um estudo realizado
com profissionais das equipas técnica e educativa que trabalham nas Casas de
Acolhimento Residencial para Crianças e Jovens conhecer as perceções destes
profissionais sobre o modelo de funcionamento e o processo de autonomia.
Com vista a dar resposta aos objetivos criados, foi elaborado um inquérito e
enviado para todas as Casas de Acolhimento Residencial em Portugal, incluindo Açores
e Madeira.
A nossa amostra é constituída por 101 profissionais, que integram as equipas das
Casas de Acolhimento. Os resultados sugerem que apesar de melhorias, ainda existem
lacunas por resolver, em matéria de promoção da autonomia, desde a questão de uma
maior capacitação /formação dos vários profissionais, ao trabalho profundo com as
famílias e fortalecimento das parcerias externas, com a comunidade e o apoio aos jovens
após a sua saída do acolhimento residencial. O profissional do Serviço Social tem aqui
um papel preponderante, e que ao fazer parte de uma equipa multidisciplinar, pode ser o
elo de ligação entre as casas de acolhimento com as famílias dos jovens e desenvolver
um trabalho de fortalecimento de parcerias com a comunidade e entidades externas. |