Animação Sócio-Cultural II: Recurso para o Desenvolvimento...
Ocorrência: 2009/10 - 2S
Cursos
Horas Efetivamente Lecionadas
TurmaU
Língua de Ensino
Português
Objectivos, Competências e Resultados de aprendizagem
Objectivos da disciplina
São quatro os objectivos fundamentais desta disciplina:
a)Fornecer um conjunto de instrumentos de forma a capacitar os discentes para a promoção de sinergias entre prática interventiva de animação-sócio cultural e trabalho no terreno, na área da Gerontologia Social;
b)Criar espaços de reflexão sobre a animação sócio-cultural em contexto institucional e não-institucional na área da gerontologia;
c)Valorizar o trabalho em rede e parceria no domínio gerontológico no que respeita à animação sócio-cultural;
d)Promover a aquisição de conhecimentos e competências do ponto de vista teórico que permitam:
*operacionalizar projectos de produção de práticas profissionais na área gerontológica, compreendendo em si a animação sócio-cultural (enquanto componente fundamental do processo de cidadania activa e qualidade de vida do idoso)
*valorizar as políticas sociais, culturais e educativas em geral, aplicando-as criativamente na área gerontológica.
Competências a adquirir na disciplina
a)Aprofundar o conceito de “Animação Sócio-Cultural” (ASC) enquanto área de conhecimento e de trabalho aplicado em geral e na especificidade da gerontologia (conceitos utilizados, objectivos, processos, modalidades de acção-intervenção);
b)Distinguir claramente os objectivos da “Animação Sócio-Cultural” em termos gerais e mais especificamente na área gerontológica;
c)Caracterizar o perfil de um Animador-Sócio Cultural na área gerontológica e em geral (e distinguir suas principais funções);
d)Identificar os principais agentes e destinatários das funções de ASC;
e)Distinguir e comparar diferentes contextos de ASC;
f)Ganhar uma percepção das áreas de fronteira com a ASC (exemplos: trabalho social, educação, acção cultural, pedagogia social, etc)
g)Utilizar a evolução historico-conceptual da ASC (principais tendências, campos de influência e de intervenção, fundamentos) como base de trabalho e recurso epistemológico disponível na compreensão da ASC na actualidade
Programa
Programa
01. Ponto prévio: ponto da situação em termos das bases teórico-práticas já adquiridas e aprofundamento/sistematização de alguns pontos prévios da disciplina de Animação Sócio-Cultural 1 (ASC1) - Revisões .
01.1. Universo da ASC no desenvolvimento de uma política de “qualidade de vida” gerontológica; ASC em contextos formais (e institucionalizados) e informais (e em comunidades); o perfil do Animador, sempre em aprofundamento (heranças rogerianas nas relações interpessoais e no trabalho com comunidades; técnicas de dinâmica de grupo para trabalhar com as comunidades); importância do diagnóstico; paradigmas de intervenção da ASC.
1. Metodologias de Investigação e Intervenção em trabalho gerontológico no campo da ASC
1.1. Etnografia e observação participante – princípios fundamentais
1.1.1. Diário de campo e notas de campo
1.1.2. Criando grelhas de observação: o exemplo do conceito de “cultura”
1.2. A natureza da investigação quantitativa e da investigação qualitativa
1.3. Fazer perguntas e entrevistas
1.4. Investigação-acção e prática interventiva do Gerontólogo com competências em ASC
1.5. Técnicas de favorecimento da criatividade, de negociação e de motivação
2. Desenvolvimento Social e Comunitário e a Animação Sócio-Cultural (ASC)
2.1. A Animação Sócio-Cultural e sua perspectiva inerente de um fortalecimento da Sociedade Civil
2.1.1. Objectivos essenciais da ASC
2.1.2. Vertentes:
*cultural (democratização e democracia cultural),
*social (desenvolvimento comunitário, acompanhamento de trabalhadores sociais voluntários)
*educacional (educação no ócio, educação de adultos, valores educacionais da ASC)
2.2. Algumas técnicas e métodos de ASC específicas da sua intervenção na comunidade:
*animação de rua;
*trabalho em rede;
*trabalho na rua;
*técnicas de “empowerment” e de participação simples
2.3. Diagnóstico(s) com vertentes diversas:
*identificação de recursos humanos e tipo de ligações (profissionais que trabalham na comunidade e respectivas ligações formais e/ou informai);
*cultura comunitária (ambientes informais e formais);
*público-alvo (idosos) e respectiva enquadramento social (desde a situação de institucionalização, à de autonomia – em alguns casos, necessidade de fazer reconhecimentos das suas redes sociais).
2.3.1. Diagnóstico(s) sociais, institucionais; formais e informais.
2.3.2. Diagnóstico(s) sociais territoriais: partilha, “feed-back” e avaliação dentro de um processo de desenvolvimento social, participação comunitária, negociação .
2.4. O Animador Sócio-Cultural, mobilizador da comunidade na área da Cultura e Animação Social
2.4.1. Animação promove mudança social
*a “cidadania plena” e o idoso
*um código de Vida: “Qualidade de Vida” e/ou “Successful Aging”
2.4.2. O Animador deve estar informado acerca da sociedade com que trabalha e não esquecer os seus elementos essenciais (actores e factores)
2.4.3. A cultura, enquanto:
*aprendida; transcendendo o ser humano/“super-orgânica”/uma comunidade é um sistema super-orgânico;
*dimensões da cultura (tecnológica, económica, política, institucional (sócio-institucional), com valor estético próprio, com crenças e conceitos próprios, etc).
3. A gestão da cultura e da cidadania da comunidade
4. O Animador Sócio-Cultural, gestor cultural?
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BIBLIOGRAFIA
Fundamental
[Carácter metodológico]
Bryman, Alan (2004). Social Research Methods.2nd Ed.UK: Oxford University Press
Hammersley, M., & Atkinson, P. (2007). Ethnography : principles in practice (3rd ed. ed.). London: Routledge.
Emerson, R. M. (1995). Writing etnographic Fieldnotes. U.S.A.: The University of Chicago Press
Holstein, J. A. & Gubriun, J. F. (eds.) (2003). Inside interviewing: new lenses, new concerns. U.K.: Sage Publications [para a disciplina, o capítulo 6-Interviewing older people]
Bibliografia Principal
Edward T. Hall;Beyond Culture, Anchor Books Edition, 1981. ISBN: 0-385-12474-0 (2nd Ed) |
Jardim, Jacinto;O método da Animação. Manual para o formador, AVE, 2002 ([Acompanhando todo o PROGRAMA]) |
Marchioni, Marco;Comunidad, Participación y desarrollo. Teoria y metodologia de la intervención comunnitaria, Madrid: Editorial Popular, 1999 ([Acompanhando todo o PROGRAMA. Cota Biblioteca ISSSP: 36/210]) |
Edward T. Hall;The Silent Language, Anchor Books Editions, 1990. ISBN: 0-385-05549-8 (2nd Edition (Caps. 5,9 e Anexos)) |
Bernoux, J.-F.;Mettre en oeuvre le développement social territorial. Méthodologie, outils, pratiques, Paris: Dunod, (2e ed.) 2005 (Acompanhando o ponto 1.1.2. do PROGRAMA [cota biblioteca ISSSP: 36/429]) |
Lairez-Sosiewicz, Nicole;Vivre l'animation auprès des personnes âgées, Lyon: Chronique Sociale, 5e ed..: 2008 ([Acompanhando o PROGRAMA: "Repères pour mettre en place une activité d'animation.../ps. 9-30; cota Biblioteca ISSSP:....]) |
Trilla, Jauem (coord.);Animação Sociocultural. Teorias, programas e âmbitos, Lisboa: Edições Instituto Piaget, 2004 ((Cap. 17/ps. 293-300; cap. 18/ps. 301-316; cap. 19/ps. 335-350; cota Biblioteca ISSSP: 30/76 ex.1]) |
Lillo, N.; Roselló, E.;Manual para el trabajo social comunitario, Madrid: Narcea, S.A. de Ediciones, 2001 (([Acompanhando todo o PROGRAMA, capítulos 3, 4, 5. Cota Biblioteca ISSSP: 36/983])) |
Bibliografia Complementar
Rogers, Carl;Tornar-se Pessoa, Lisboa: Moraes Editores, 7ª ed, 1985 ([Ponto 2. do PROGRAMA: ver "Algumas coisas fundamentais que aprendi"/ps. 27-39; "As características das relações de Ajuda psicológica"/ps. 43-60;"O processo de nos tornarmos pessoa/ps. 114-139;"Ser o q se É"/ps. 143-159;cota Biblioteca ISSSP: várias]) |
Manes, Sabina.;83 jogos psicológicos para a dinâmica de grupos, Lisboa: Paulus, 2001 ([Acompanhando os pontos 1.1.1.2. e 2.1.2. do PROGRAMA]) |
Bruce, A.; Langdon, Ken;Gerir projectos. Cumpra os prazos e atinja os seus objectivos, DK/Civilização Eds., 2007 (Acompanhando todo o PROAGRAMA, sublinhando o ponto do Diagnóstico (1.1.2.) Territorial; auxiliar e apoio para o Trabalho de Avaliação na disciplina) |
Emerson, R. M.; Fretz, R. I.; Shaw, Linda L.;Writing etnographic fieldnotes, The University of Chicago Press, 1995 ([De carácter metodológico: anotando elementos de trabalho de terreno na ASC]) |
Langdon, Ken;A arte de bem negociar. Técnicas eficazes para obter os resultados que deseja, DK/Civilização Editores, 2006 (((Acompanhando o PROGRAMA, ligação a pontos 1.1.1.2.; 2.1.2. e ligação ao desenvolvimento do perfil do ASC/ponto 2. do PROGRAMA))) |
Josien, Michel;Técnicas de comunicação Interpessoal. Com exercícios práticos, Eyrolles/Bertrand Editores, 2003 (Acompanhando o PROGRAMA, ligação a pontos 1.1.1.2.; 2.1.2. e ligação ao desenvolvimento do perfil do ASC/ponto 2. do PROGRAMA) |
Binstock, Robert H.; George, Linda K. (ed. by);Handbook of aging and the social sciences, USA: Academic Press, 6th ed.: 2006 (([De carácter geral e contextualizador da ASC em Gerontologia.)) |
Bauer, Martin W.; Gaskell, George;Pesquisa qualitativa com texto, som e imagem. Um manual prático, Petrópolis: Editora Vozes, 4ªed.: 2005 (([De carácter geral metodológico. Cota Biblioteca ISSSP: 303/68])) |
Timonen, Virpi;Ageing Societies. A comparative introduction, Open University Press, 2008 (([De carácter geral e contextualizador da ASC em Gerontologia. Ver "Care services for older people II: community and institutional care"/ps.136-149, "Exercising power and challenging attitudes"/ps. 153-163. Cota Biblioteca ISSSP: 30/89])) |
Métodos de Ensino
Diversificado: método expositivo; em "brainstorm" orientado pelo docente, com consequente elaboração de esquemas (ligados a pontos do programa); em trabalho/análise e discussão individual e/ou colectivo sobre textos de leitura obrigatória, em sede de aula; método iterativo. Grande solicitação ao discente acerca das suas experiências de estágio, de forma a reflectir em comum sobre as mesmas e a demonstrar a constante aplicação e radicação iterativa da Teoria e da Prática. Eventual utilização de técnicas de 'role-play' no tocante à temática da negociação.
Avaliação Final
Avaliação
Os alunos poderão optar por uma das seguintes modalidades de avaliação.
1. Avaliação distribuída
A avaliação distribuída consistirá nas seguintes 3 componentes:
* Participação activa nas aulas (ponderação de 10% da nota final).
Considera-se que a participação activa nas aulas abrange a frequência, atenção prestada; intervenção nas aulas acerca de trabalhos distribuídos previamente pela docente; apresentação e participação na argumentação em torno da construção e melhoria de trabalhos, problemas e estágios em curso, com questões levantadas no âmbito da disciplina.
[Discentes organizados em grupos de 2, máximo de 3 indivíduos (alguma excepção, a ser obrigatoriamente considerada pela Docente). Avaliação individual da participação]. A nota será lançada pela Docente no final das aulas.
* Elaboração de um trabalho escrito subordinado a temática a ser indicada pela docente (ponderação de 40% da nota final).
O trabalho englobará: 1. Produção de diagnóstico sócio-local e, esboço do institucional; esboço de projecto-programa de ASC adequado ao local de estágio do(s) discentes(s) tendo por base as perspectivas teóricas e documentação fornecida pela docente, além daquela recolhida para o efeito pelo discente.
[Discentes organizados em grupos de 2, máximo de 3 indivíduos (alguma excepção, a ser obrigatoriamente considerada pela Docente) nestes momentos. Avaliação colectiva – excepcionalmente, avaliação diferenciada dentro do grupo, se a Docente considerar existirem razões fundamentadas para tal].
Entrega do trabalho à docente até à última semana de aulas: data-limite, 24.00 hs do dia 18. Junho. 2010, inclusive.
*Na realização de um exercício escrito individual (teste) que decorrerá no mesmo dia do exame final (ponderação de 50% da nota final).
Alunos estudantes-trabalhadores: na impossibilidade de frequência das aulas, os alunos poderão realizar esta modalidade de avaliação, desde que acordem com a Docente um ‘Plano de Acompanhamento’.
2. Exame Final
* Realização de um exame escrito final (ponderação de 100% da nota final).
Note Bem: Para que o aluno se possa manter na avaliação distribuída deverá assistir a 75% do número total de aulas (Ponto 2 do Artigo 11º do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos).
Os alunos abrangidos pelos Regulamentos Especiais, mesmo que não consigam assistir a 75% das aulas, poderão manter-se nesta modalidade de avaliação desde que combinem um Plano de Acompanhamento com o docente conforme previsto no Ponto 3 do Artigo 11º do Regulamento de Avaliação de Conhecimentos.