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História do Serviço Social


Código: SS2210204    Sigla: HSS
Áreas Científicas: SERVIÇO SOCIAL

Ocorrência: 2025/26 - 1S

Cursos

Sigla Nº de Estudantes Plano de Estudos Anos Curriculares Créditos Horas Contacto Horas Totais
LSS1 25 Aviso nº 16918/2022 de 30 de Agosto 4 ECTS 30 100

Horas Efetivamente Lecionadas

1TURMAU

Teóricas: 20,00
Inquéritos: 0,00

Docência - Horas

Teóricas: 2,00
Inquéritos: 0,00

Tipo Docente Turmas Horas
Teóricas Totais 1 2,00
Sandra Raquel Pereira de Aguiar Ricardo Mendes   2,00

Objectivos, Competências e Resultados de aprendizagem

Objetivos de Aprendizagem
OA1. Capacitar os estudantes para o conhecimento das origens do Serviço Social no Mundo
OA2.Clarificar conceptualmente a diferença entre profissão e disciplina científica;
OA3. Dotar os estudantes de conhecimentos sobre o processo de construção da Profissão de Assistente Social em Portugal, na sua relação com os contextos sócio históricos e o conhecimento científico em ciências sociais;
OA4. Dotar os estudantes de conhecimentos sobre Organizações Profissionais, Valores, Funções e Saberes necessários à construção de uma prática científica, emancipadora dos sujeitos expostos aos mais diversos problemas de exclusão social.

Competências
1. Estimular o pensamento reflexivo pelo conhecimento do Serviço Social enquanto disciplina científica e profissão;
2. Estimular o desenvolvimento de competências de argumentação e comunicação a propósito da profissão de Assistente Social;
3. Capacitar para a reflexão crítica em torno da História do Serviço Social em Portugal 

Programa

Conteúdos Programáticos

CP1. As bases do Serviço Social Contemporâneo: profissão e disciplina científica
1.1O Serviço Social no Mundo: o compromisso com os Valores Humanistas e de Justiça e Social
1.1.1O Serviço Social no Mundo: a Institucionalização e Legitimação da Profissão
1.2 O Serviço Social como Profissão e como Disciplina Científica
1.2.1 O que é uma Profissão
1.2.2 O Serviço Social como Profissão e disciplina Científica
CP2. A Profissão de Assistente Social em Portugal: contextos sócios históricos e desafios que se colocaram ao Serviço Social
2.1 Emergência e institucionalização do Serviço Social em Portugal e sua relação com o conhecimento científico
2.1.1 Institucionalização do Serviço Social Português no contexto do Estado Novo no século XX
2.1.2 As mudanças socioeconómicas, os movimentos sociais e a evolução da profissão entre os anos 30 e os anos 60 do século XX
2.2 Da Formação Internacional ao ensino dos métodos de Serviço Social de Caso e de Serviço Social de Grupo nas escolas portuguesas
2.3 A profissão de Assistente Social no contexto do Estado Democrático
2.3.1 A centralidade dos direitos sociais e o combate aos fenómenos de exclusão social: alargamento do campo de ação dos Assistentes Sociais
2.3.2 A reconceptualização e o Serviço Social Crítico
2.3.3 Os novos desafios e a Qualificação dos Profissionais
CP3. Serviço Social Contemporâneo: associações profissionais, valores, funções e saberes
3.1 Tipologia de saberes que confluem para uma prática cientificamente informada
3.2 O papel das Organizações Profissionais na afirmação e definição de profissão.
3.3 Código Deontológico: princípios, valores, funções e atos profissionais 

Demonstração da Coerência dos Conteúdos Programáticos com os Objetivos da UC


O CP1 e CP2 estão orientados para permitir aos estudantes atingirem os OA1, OA2 e OA3. Adicionalmente, os tópicos enunciados no CP3 (3.1, 3.2, 3.3) permitem que os estudantes se inteirem dos conteúdos previstos para alcançar OA4. 

Bibliografia Principal

Amaro, M. I. (2015). Urgências e Emergências do Serviço Social: Fundamentos da profissão na contemporaneidade. UCP Editora.
Branco, F. (2009). A Profissão de Assistente Social em Portugal. Locus Social, (3), pp. 61-89.
Branco, F. (2015). Itinerário das profissões sociais em Portugal, 1910-1962. Análise Social, pp. 44-72.
Donna L. F. (1986). Mary Richmond and Jane Addams: From Moral Certainty to Rational Inquiry in Social Work Practice, The University of Chicago Press, Vol. 60, No. 4, pp. 504-525.
Granja, B.,Pinto, M.L. (2007)¿Contributos para a História do Serviço Social em Portugal E. Juvelin org. Éditions Vuibert
Granja, B. (2024). A Liberdade de que tanto se fala - A luta pela Liberdade de 1969 a 1974. Intervenção Social, n.63.https://revistas.lis.ulusiada.pt/index.php/is
Martins, A., & Silva, P. G. (2022). Movimentos Contestatórios em Portugal e expressões críticas do Serviço Social nos anos 1970: Contributos do Movimento de Reconceituação do Serviço Social Latino-Americano. In Eiras, A. et al (Orgs.), Perspectivas histórico-c
Martins, A. (2017). Serviço Social em Portugal no fascismo: oposição, resistência e ação sindica. Revista Em Pauta, 15(40), pp. 40-56.
Martins, M. A. (1999). Génese, Emergência e Institucionalização do Serviço Social Português. FDG
Matos, R., Silva, P., Martins, A., Carrara, V., Perelló, M. (2020) Social work, contestatory movements and socio-professional struggles in the Iberian Peninsula in the 1970s. Crit. and Rad. Social Work, pp.1-16.
Mouro, H & Simoes, D. (2001). 100 anos de Serviço Social. Quarteto Editora
Silva, P. (2019). The radical turn of Portuguese social work during the democratic transition (1974-76), Critical and Radical Social Work , vol 7 , n 1, pp. 7-23.
Vilar, D. (2024). 25 de abril e a Revolução dos Cravos. Intervenção Social, n. 63. https://revistas.lis.ulusiada.pt/index.php/is
Ferreira, A. (2024). Serviço Social e Democracia. As oportunidades do Serviço Social em vários campos de intervenção. Intervenção Social, n. 63. https://revistas.lis.ulusiada.pt/index.php/is

Bibliografia Complementar

Amaro, M. I. (2009). Identidades, incertezas e tarefas do Serviço Social contemporâneo, Locus Social, 2, 29.46.
Payne, M. (2005). The origins of Social Work. Palgrave Macmillan.
Pimentel, I. F. (1999). A assistência social e familiar do Estado Novo nos anos 30 e 40. Análise Social, v. XXXIV, 477-508.
Silva, P. G. (2019). Radical Experiences of Portuguese Social Workers in the Vanguard of the 1974 Revolution. Journal of Progressive Human Services, 30(3), 1¿21. https://doi.org/10.1080/10428232.2019.1641008

Métodos de Ensino

A unidade curricular História do Serviço Social assenta num modelo pedagógico socio-construtivista, crítico e participativo, que reconhece o estudante como sujeito ativo da aprendizagem. Valoriza-se, por isso, a construção coletiva do conhecimento, a reflexão crítica sobre os contextos históricos e o diálogo constante entre o passado e os desafios da prática profissional no presente.
Adota-se como metodologia estruturante o modelo CIENTE (Contextualizar, Investigar, Explorar, Narrar, Transformar, Elaborar). Este modelo orienta o processo de aprendizagem de forma faseada e integrada, permitindo que os estudantes investiguem problemas históricos relevantes, analisem fontes e experiências do Serviço Social, reconstruam narrativas e formulem interpretações fundamentadas sobre o percurso da profissão.
Para além disso, são mobilizadas estratégias pedagógicas diversificadas que apoiam a compreensão e a apropriação crítica dos conteúdos:
i. Dinamização de debates críticos, permitindo aos estudantes a confrontarem perspetivas sobre momentos-chave da história da profissão, exercitando o pensamento crítico e argumentativo, bem como, a adoção da axiologia da profissão.
ii. Desenho de mapas conceptuais (concept-mapping), para a organização de ideias, estabelecimento de relações entre conceitos, identificação de continuidades e ruturas nas práticas profissionais.
iii. A gamificação, através do jogo pedagógico ¿Na descoberta das fases do Serviço Social¿, que se pretende que dinamize a aprendizagem, reforce a memória histórica e estimule o trabalho colaborativo de forma lúdica e envolvente.
iv. A sala de aula invertida permite que os estudantes contactem previamente com leituras ou fontes, dedicando o tempo em aula ao debate, à análise e à construção de sínteses partilhadas.
v. O método Test-Taking Team, usado na preparação para a prova escrita de avaliação, promovendo a revisão cooperativa, a consolidação de conhecimentos e o desenvolvimento da escuta e da negociação entre pares.
vi. A análise de fontes históricas e documentos institucionais no aprofundamento da literacia crítica dos estudantes, permitindo-lhes compreender o Serviço Social a partir de textos reais e situados.

Por fim, os estudantes são desafiados a produzir sínteses criativas, como linhas do tempo comentadas, infografias, podcasts ou apresentações visuais, nas quais reconstroem o conhecimento de forma original, crítica e eticamente situada.
Estas metodologias são aplicadas de forma articulada, coerente com os objetivos de aprendizagem da unidade curricular e com o perfil profissional que se pretende formar. Mais do que conhecer datas ou nomes, pretende-se que os estudantes entendam a história do Serviço Social como um campo em disputa, marcado por tensões e transformações, e que desenvolvam ferramentas analíticas e éticas para se posicionarem como profissionais conscientes e comprometidos com os direitos humanos e sociais.


Modo de Avaliação

3

Componentes de Avaliação e Ocupação registadas

Descrição Tipo Tempo (horas) Data de Conclusão
Participação presencial (estimativa)  Aulas  0
  Total: 0

Avaliação Contínua

A avaliação desta unidade curricular integra-se no processo de aprendizagem, sendo orientada por princípios formativos, reflexivos e participativos, em coerência com o modelo pedagógico adotado. Pretende-se que os/as estudantes desenvolvam não apenas conhecimentos históricos, mas também competências de análise crítica, síntese, criatividade e posicionamento ético face à evolução da profissão.
Os estudantes podem escolher entre avaliação distribuída ou avaliação final.


A avaliação distribuída está organizada em três componentes complementares:
i) Prova escrita individual (50%) - ¿Avalia a capacidade de compreender e articular conteúdos históricos, reconhecer transformações estruturais e posicionar criticamente o papel do Serviço Social em diferentes contextos. Serão valorizadas a clareza de pensamento, a argumentação fundamentada e a profundidade da análise. ¿A preparação para esta prova inclui a metodologia Test-Taking Team e o jogo pedagógico ¿Na descoberta das fases do Serviço Social¿, em que os estudantes trabalham em grupo sobre questões semelhantes às da avaliação final. Esta estratégia, para além de reforçar a memorização e a compreensão, promove a escuta ativa, o debate fundamentado e a responsabilização coletiva pela aprendizagem. Permite, ainda, reduzir a ansiedade associada ao momento de avaliação e reforçar a autoconfiança dos estudantes ao verem os seus conhecimentos reconhecidos e valorizados no diálogo com os pares.
ii) Trabalho criativo individual ou em grupo (40%)¿- Os estudantes são convidados a produzir sínteses críticas e criativas em formato de story telling sobre um dos pontos dos conteúdos da UC, em formatos como infografias, podcasts, linhas do tempo comentadas, banda desenhada ou apresentações digitais. Esta componente promove a apropriação ativa do conhecimento, a expressão pessoal e o pensamento interdisciplinar. Serão avaliadas a relevância do conteúdo, a capacidade de síntese, o rigor histórico e a criatividade na apresentação.
iii) Participação e envolvimento nas atividades letivas (10%) -¿ A participação em debates, dinâmicas de grupo, momentos de gamificação, análise de fontes e construção de mapas conceptuais é valorizada enquanto expressão de compromisso com o processo de aprendizagem. A presença ativa nas atividades metodológicas da UC é entendida como parte essencial da formação.

A avaliação será distribuída, com feedback orientador ao longo do semestre. A diversidade de instrumentos permite captar diferentes dimensões do desenvolvimento do estudante: cognitiva, crítica, criativa e ética. Mais do que testar memórias, pretende-se avaliar o percurso reflexivo de construção do conhecimento histórico e profissional, em sintonia com os objetivos formativos da unidade curricular.

No caso de os/as estudantes optarem pela avaliação final

A avaliação final versará sobre a totalidade dos conteúdos programáticos num exame escrito de avaliação totalizando 100%.

Avaliação Final

Em conformidade com o estipulado no Regulamento de Avaliação de Conhecimentos

Melhoria de Classificação Final/Distribuída

Em conformidade com o definido no Regulamento de Avaliação de Conhecimentos

Demonstração da Coerência das Metodologias de Ensino com os Objetivos de Aprendizagem da Unidade Curricular

As metodologias de ensino e os critérios de avaliação adotados estão articulados com os objetivos de aprendizagem definidos, assegurando uma formação crítica, ativa e coerente com o perfil profissional do/a assistente social. A proposta pedagógica promove uma progressão cognitiva que vai da compreensão histórica à reflexão ética e à produção criativa de conhecimento, em linha com a Taxonomia de Bloom e com os valores da profissão.
O modelo CIENTE estrutura o percurso de aprendizagem, permitindo aos estudantes contextualizar os fenómenos históricos, investigar fontes, explorar ligações, narrar processos, transformar significados e elaborar sínteses. Esta abordagem ativa está diretamente alinhada com os objetivos da UC, especialmente aqueles que visam a compreensão da génese do Serviço Social (OA1), a análise dos seus fundamentos teórico-práticos (OA2¿OA4) e a problematização dos desafios contemporâneos da profissão.
As metodologias utilizadas, debates críticos, concept-mapping, análise de fontes, gamificação e criação de sínteses visuais e orais, procuram coerência com a natureza reflexiva dos conteúdos programáticos e fomentam o envolvimento dos estudantes na construção do conhecimento. Permitem desenvolver competências analíticas, argumentativas, ético-políticas e comunicacionais, essenciais à formação de profissionais conscientes do seu papel histórico.

A integração da metodologia Test-Taking Team e do jogo pedagógico antes da avaliação formal reforça esta coerência, permitindo a consolidação coletiva dos conteúdos, a partilha de argumentos e a aprendizagem entre pares. Esta estratégia, alinhada com os princípios da avaliação formativa, favorece a autorregulação da aprendizagem e a redução da ansiedade avaliativa, sem perder o rigor académico.
Em conjunto, estas metodologias e formas de avaliação traduzem uma abordagem pedagógica que respeita a complexidade do conhecimento histórico e o papel transformador do Serviço Social, promovendo o desenvolvimento de profissionais críticos, reflexivos e comprometidos com os direitos humanos e a justiça social.