Objectivos, Competências e Resultados de aprendizagem
OA1 Conceber e executar um projeto de estudo e intervenção social;
OA2 Mobilizar conhecimentos teóricos e metodológicos na análise dos fenómenos sociais, contextualizando-os na realidade concreta do estágio. Relaciona-se com o CP1 e o recurso ao concept-mapping, debates críticos e fishbowl, promovendo o pensamento teórico-crítico.
OA3 Desenvolver competências de planeamento, tomada de decisão e resolução de problemas em contextos profissionais, através da conceção de projetos de intervenção adequados às necessidades diagnosticadas. Articula-se com CP2 e com metodologias como brainstorming, collaborative problem-solving e structured problem-solving.
OA4 Aplicar instrumentos e estratégias de intervenção social em contexto real de prática profissional.
AO5 Refletir sobre o percurso formativo, evidenciando a incorporação de valores e princípios ético-deontológicos do Serviço Social. Alinhado com a lógica reflexiva do e-portefólio e com o modelo de avaliação contínua.
Programa
CP1.
Enquadrar teoricamente o fenómeno em estudo e o modelo de intervenção
1.1 Apresentar a abordagem teórica do fenómeno/problema objeto de estudo e
intervenção
1.2 Identificar o campo de ação em que se desenvolve a intervenção do
Assistente Social e explicitar os fundamentos, procedimentos e instrumentos
mobilizados na intervenção
CP2. Desenhar projeto
2.1 Identificar mudanças que pretende produzir a nível individual, familiar e
institucional)
2.2 Definir objetivos de mudança a atingir
2.3 Identificar recursos a mobilizar
2.4 Selecionar saberes necessários à ação
CP3. Executar projeto de intervenção
Demonstração da Coerência dos Conteúdos Programáticos com os Objetivos da UC
Os conteúdos programáticos articulam-se de forma coerente com os objetivos de aprendizagem, especialmente com o OA1, que propõe a conceção e execução de um projeto de estudo e intervenção social. O CP1 fornece a base teórica e metodológica para a compreensão crítica dos fenómenos sociais, apoiando o OA2. O CP2 contribui diretamente para o desenvolvimento de competências de planeamento e tomada de decisão (OA3), orientando a estruturação do projeto. O CP3 está centrado na aplicação prática da intervenção (OA4), promovendo a autonomia profissional. A lógica reflexiva subjacente a todo o processo sustenta o OA5, incentivando a interiorização de princípios ético-deontológicos. Assim, os conteúdos programáticos reforçam uma aprendizagem integrada, alinhada com o perfil de competências do assistente social em formação.
Bibliografia Principal
1. Albuquerque, C.& Arcoverde, A. (2017). Serviço Social Contemporâneo: reflexividade e estratégia. Pactor.
2. Amaro, I. (2012). Urgências e Emergências do Serviço Social: Fundamentos da profissão na contemporaneidade. Universidade Católica Editora.
3. Banks, S. (2004) Ethical challenges in social work. Intervenção Social, 29, pp. 11-24.
4. Ferguson, I., Iokimidis V., & Lavalette, M. (2021) Global Social Work in a Political Context. Policy Press.
5. Guerra, I. (2000). Fundamentos e Processos de uma sociologia de Acção. Principia.
6. Payne, M. (2002). Teoria do Trabalho Social Moderno. Quarteto.
7. Robertis, C. (2021). Metodologia da Intervenção em Trabalho Social. Porto Editora.
8. Serrano, G. (2008) Elaboração de Projetos Sociais. Porto Editora.
9. Teater, B. (2014). Applying Social Work Theories and Methods. Open University Press.
10. Viscarret, J. (2014). Modelos y métodos de intervención en Trabajo Social. Alianza editorial.
Métodos de Ensino
As unidades curriculares de Seminário de Investigação e Estágio V estão organizadas em aulas com componente teórico-prática e componente tutorial, articuladas com metodologias pedagógicas ativas orientadas para a construção do conhecimento em contexto prático. No âmbito do CP1, enquadramento teórico do fenómeno e modelo de intervenção, a aprendizagem é promovida através de:
i) Concept-mapping, metodologia que permite aos estudantes organizarem hierarquicamente os conceitos-chave relativos ao objeto de estudo no estágio, favorecendo a compreensão profunda da articulação entre teoria e prática; ii) Critical Debates and Argumentation, que estimula a defesa fundamentada de diferentes perspetivas sobre os fenómenos sociais, apoiada em referenciais teóricos previamente trabalhados, promovendo o pensamento crítico e a argumentação; iii) Fishbowl (Fanus), metodologia que convida profissionais a partilhar experiências, possibilitando aos estudantes a observação crítica dos saberes e práticas trazidos por convidados externos, bem como das reações e comentários dos seus pares; iv) Gamificação, através de atividades como quizz e learning cell, que reforçam a aprendizagem ativa e o envolvimento dos estudantes com os conteúdos.
Para o CP2, desenho do projeto, são mobilizadas metodologias orientadas à conceção participada de projetos de intervenção:
1. Brainstorming guiado, que conduz os estudantes à formulação de perguntas significativas sobre a sua realidade de estágio, culminando na definição do problema central de intervenção; 2. Collaborative Problem-Solving, que promove a construção coletiva de respostas e soluções, exigindo a mobilização de conhecimentos e competências de forma partilhada; 3. Structured Problem-Solving, que apoia os estudantes na definição e execução de um plano formal de ação para enfrentar o problema identificado.
No CP3, execução do projeto de intervenção, a metodologia centra-se na experimentação e aplicação:
i) Role-playing, em que os estudantes ensaiam em sala de aula métodos e instrumentos de intervenção, em ambiente simulado e seguro; ii) Aplicação em contexto real de estágio, onde os estudantes implementam as atividades planeadas, com supervisão contínua e reflexão crítica sobre os resultados e processos vividos.
Estas metodologias são coerentes com o modelo pedagógico da UC e visam o desenvolvimento de competências de conceção, planeamento, intervenção, reflexão e avaliação crítica, fundamentais à prática profissional em Serviço Social. Estimulam a participação ativa, o pensamento reflexivo, a colaboração, a criatividade e o compromisso ético dos estudantes com o seu percurso formativo e com os contextos onde intervêm.
Modo de Avaliação
2
Componentes de Avaliação e Ocupação registadas
Descrição
Tipo
Tempo (horas)
Data de Conclusão
Participação presencial (estimativa)
Aulas
0
Total:
0
Avaliação Contínua
Avaliação Contínua
A avaliação contínua baseia-se em vários elementos:
i) Avaliação de estágio (assiduidade, pontualidade, disponibilidade e empenho nas atividades de terreno) - 50%; ii) E-PORTFOLIO 40 %; iii) Participação nas aulas - 10%.
A nota final fará média com o relatório de estágio e a sua prova pública.
A utilização do e-portefólio para a avaliação dos estágios em Serviço Social permite acompanhar o desenvolvimento das competências profissionais pelos estudantes ao longo do percurso de estágio. O e-portefólio como instrumento estruturado de documentação, autoavaliação e análise crítica da prática profissional em contexto real de estágio, adequa-se à abordagem dos conteúdos programáticos da unidade curricular. Esta metodologia de avaliação consiste na compilação sistemática e reflexiva de informação ao longo do percurso de aprendizagem, com base na observação participante das atividades realizadas e nas experiências vividas pelos estudantes durante o estágio em Serviço Social.
O relatório de estágio e a sua defesa em provas públicas representam um elemento central da avaliação, na medida em que permitem aos/às estudantes sistematizar, analisar e comunicar criticamente a sua experiência de intervenção em contexto real. Este exercício valoriza a capacidade de articular teoria e prática, de refletir sobre os desafios ético-profissionais vividos e de justificar as decisões tomadas com base em referenciais científicos, éticos e deontológicos. A defesa pública acrescenta uma dimensão de responsabilidade e comunicação profissional, estimulando o pensamento crítico, a argumentação fundamentada e a capacidade de expor o percurso formativo perante um júri. Assim, esta componente avalia não apenas o desempenho técnico, mas também a maturidade ética e a autonomia profissional, essenciais à consolidação de competências no final do ciclo de estudos.
Avaliação Final
Avaliação Final Em conformidade com o Regulamento de Avaliação de Conhecimentos. A classificação final será resultante da média aritmética entre a classificação obtida no semestre e a classificação obtida na Defesa do Relatório.
Demonstração da Coerência das Metodologias de Ensino com os Objetivos de Aprendizagem da Unidade Curricular
A UC estrutura-se com base numa abordagem pedagógica centrada no estudante, que integra metodologias de ensino ativas e avaliação contínua orientadas para o desenvolvimento de competências complexas. Existe uma articulação direta e coerente entre os objetivos de aprendizagem definidos (OA1¿OA5), os conteúdos programáticos e os métodos de ensino e avaliação.
O OA1, conceber e executar um projeto de estudo e intervenção social, constitui o eixo estruturante da unidade. Este objetivo é operacionalizado através da Aprendizagem Baseada em Projetos. Esta metodologia garante a integração entre a aprendizagem formal e a prática profissional.
O OA2, mobilizar conhecimentos teóricos e metodológicos na análise dos fenómenos sociais, é promovido através de metodologias como o concept-mapping, os debates críticos e o método fishbowl. Estas estratégias desenvolvem a capacidade de análise crítica e de articulação entre teoria e prática, elementos avaliados tanto na participação em aula como no e-portefólio.
O OA3, desenvolver competências de planeamento, tomada de decisão e resolução de problemas, é concretizado através de metodologias como o brainstorming, collaborative problem-solving e structured problem-solving, que fomentam o pensamento estratégico e a ação estruturada. A coerência entre este objetivo e a avaliação é assegurada através da análise do projeto apresentado no e-portefólio, bem como nas grelhas de avaliação do desempenho no terreno.
O OA4, aplicar instrumentos e estratégias de intervenção social em contexto real, encontra expressão prática no CP3 e nas metodologias de role-playing (em sala) e na execução do projeto em contexto real de estágio. A avaliação do desempenho prático, supervisionada e refletida, capta evidências do domínio técnico e ético da intervenção profissional.
O OA5, refletir sobre o percurso formativo e incorporar os princípios ético-deontológicos do Serviço Social, é desenvolvido ao longo de toda a UC, com centralidade no e-portefólio e no relatório de estágio. Estes instrumentos permitem sistematizar aprendizagens, refletir criticamente sobre dilemas e tomadas de decisão e evidenciar a evolução dos estudantes. A reflexão ética e deontológica é também alvo de apreciação por parte dos supervisores e considerada na avaliação final.
A coerência entre metodologias de ensino e avaliação é assegurada pela utilização do e-portefólio e do relatório e defesa pública de estágio como instrumento de documentação, autoavaliação e análise crítica da prática profissional. Permite consolidar e refletir sobre as experiências vividas no estágio, promovendo a integração das aprendizagens teóricas e práticas. As componentes de avaliação contínua, acompanham o percurso do estudante de forma processual e reflexiva, em consonância com a lógica da investigação-ação. As metodologias de ensino e de avaliação adotadas permitem atingir de forma integrada os objetivos de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento de conhecimentos, aptidões e atitudes fundamentais à intervenção em Serviço Social.